Expectativa no STF e na PGR é que o novo procurador-geral da República atue em sintonia com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos dos atos golpistas
O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu assumir pessoalmente a responsabilidade pela análise dos casos relacionados aos atos golpistas do dia 8 de Janeiro, diz a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo. Anteriormente, durante a gestão de Augusto Aras e a interinidade de Elizeta Ramos, o subprocurador Carlos Frederico dos Santos estava encarregado das investigações sobre a invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, por militantes bolsonaristas e de extrema direita.
A concentração desses casos nas mãos de Gonet chamou a atenção, já que ele não possui expertise em direito penal. Santos deixou o cargo no último dia 15, três dias antes da posse de Gonet. “O subprocurador já encaminhou para o gabinete do novo PGR as dezenas de processos referentes ao 8 de Janeiro, que atingem não apenas os golpistas presos, mas também apurações em andamento sobre a Secretaria de Segurança Pública do DF e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além da atuação de militares das Forças Armadas nos atos golpistas”, destaca a reportagem. Para auxiliá-lo, o procurador-geral chamou colegas que o assessoraram em sua atuação como vice-procurador-geral eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda conforme a reportagem, a expectativa no Supremo e na PGR é que Gonet atue em sintonia com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados aos atos golpistas do 8 de Janeiro que tramitam na Corte.
A abordagem de Gonet para os casos relacionados ao 8 de Janeiro difere da adotada por ele mesmo em processos criminais no STJ, onde a responsabilidade era de Carlos Frederico dos Santos. Este, por exemplo, estava envolvido em investigações sobre desvio de recursos no Estado do Rio de Janeiro, incluindo o governador Cláudio Castro.
Com as mudanças, “quem representará a PGR nos casos do STJ são o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand (no caso de investigações contra governadores), e a subprocuradora Luiza Frischeisen – nos casos de conselheiros de tribunais de contas e desembargadores de Tribunais de Justiça”.
Fonte: Brasil 247 com informação da jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no jornal O Globo
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