Senador prevê que Dino não se declarará impedido de julgar os casos envolvendo o clã Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou dúvidas sobre a imparcialidade do ministro da Justiça, Flávio Dino, em relação a julgamentos de processos envolvendo Jair Bolsonaro, caso Dino seja confirmado como membro do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo reportagem do Globo. Flávio Bolsonaro, um crítico da indicação de Dino, questiona a capacidade de Dino de se declarar impedido em tais casos, conforme previsto no Código de Processo Civil. Este código estabelece que um juiz deve se declarar suspeito se tiver relações de amizade íntima ou inimizade com qualquer uma das partes ou seus advogados, ou se tiver interesse no julgamento do processo.
Flávio Bolsonaro sugere que a nomeação de Dino ao STF é parte de uma estratégia maior, visando à perseguição política, especialmente contra a família Bolsonaro. Ele citou declarações passadas de Dino, incluindo uma em que o então governador do Maranhão classificou Jair Bolsonaro como “serial killer” e “o próprio demônio”, referindo-se às políticas do governo federal durante a pandemia e no período pré-eleitoral.
Além disso, Bolsonaro e seus aliados atribuem a Dino o avanço de investigações da Polícia Federal em casos que envolvem o ex-presidente, como as joias sauditas, falsificação na carteira de vacinação e uma minuta golpista. Esses casos estão sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no STF, considerado um dos apoiadores da candidatura de Dino ao tribunal.
No contexto da sabatina de Dino marcada para 13 de dezembro, aliados de Jair Bolsonaro preparam uma estratégia para questionar o temperamento de Dino, buscando respostas que possam influenciar a votação no Senado. Flávio Bolsonaro mencionou uma conversa de Dino com o senador Marcos do Val (Podemos-ES), onde Dino se comparou aos Vingadores em resposta à referência de Do Val à SWAT. Em resposta às alegações, Dino, por meio de sua assessoria, afirmou ter sido "juiz, deputado e governador com uma atuação sempre ética e respeitada".
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo
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