quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Fiep quer que governo Ratinho Jr recue de aumento do ICMS

 

(Roberto Dziura Jr/AEN)

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) divulgou nota em que pede que o governo Ratinho Júnior reveja o aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aprovado na semana passada pela Assembleia Legislativa. A entidade argumenta que a alegação do Executivo de que o aumento era necessário em razão de possíveis perdas de arrecadação do Estado na reforma tributária não se sustenta mais, já que o texto aprovado foi mudado pela Câmara Federal.

No início de dezembro, o governo propôs e a Assembleia aprovou aumento da alíquota modal do ICMS de 19% para 19,5%. A alíquota modal é o índice mais comum, que incide sobre a maior parte dos produtos e serviços comercializados.


Também foi aprovado o aumento do imposto para energia elétrica de 18% para 19%; serviços de comunicação de 18% para 19,5% e água mineral e bebidas alcoólicas de 17% para 17,5%.


No documento divulgado hoje, a Fiep aponta que o Paraná já maior alíquota de ICMS entre os estados do Sul – 14,7% maior que Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E que isto, por si só, já é um ponto negativo na possibilidade de instalação de novas empresas e de evasão do parque fabril existente para os estados vizinhos.


“A Reforma Tributária Federal não contempla mais a possibilidade de prejudicar o Paraná. Dessa forma, a justificativa original para o aumento do ICMS não existe mais, visto que o artigo foi suprimido da PEC 45. Isso evidencia que a medida se tornou desnecessária”, aponta a entidade empresarial.


O descontentamento da população em relação ao aumento do ICMS é demonstrado pelas declarações de várias entidades e confirmado por pesquisa de opinião pública, que demonstra 97% de rejeição ao aumento de ICMS e a políticos que votaram pelo aumento de tributos, diz a nota. Uma vez revogada a decisão, a reversão do aumento do ICMS seria vista como uma resposta positiva e sensível às demandas da sociedade, defende a Fiep.



Segundo a federação, ainda que o Art. 131 não tivesse sido suprimido do texto da Reforma Tributária, o que não ocorreu, uma vez que o texto aprovado já consta com a devida supressão do referido artigo, precisaríamos de soluções alternativas para as preocupações financeiras do Estado. Um exemplo seria o corte de gastos não essenciais ou a implementação de medidas de eficiência na administração pública. Essas alternativas podem ajudar a alcançar os objetivos financeiros sem sobrecarregar as empresas e os cidadãos com aumento de impostos, avalia.


Fonte: Bem Paraná

 

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