Federico Sturzenegger, economista considerado “pai” da reforma econômica do presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que as medidas estão apenas começando. Ele afirma que novas mudanças serão reveladas em breve, independente dos protestos contra a medida.
O economista é o principal conselheiro de Milei na desregulamentação da economia do país e diz que o governo enviará um novo projeto de lei ao Congresso na primeira semana de janeiro. O novo pacote deve eliminar 160 regulamentações da economia classificadas como “absurdas” por ele.
“As reformas têm uma dimensão que vai além das próprias reformas – é como uma reformulação da estrutura de poder econômico na Argentina”, diz Sturzenegger. O “megadecreto” tem 300 medidas, foi emitido na semana passada e entrou em vigor nesta sexta (29).
A medida não foi bem recebida pela oposição e por centrais sindicais, que já promoveram protesto contra ela e anunciaram uma greve geral para janeiro de 2024 contra o decreto. A Suprema Corte do país também anunciou que vai avaliar a constitucionalidade do texto no próximo ano.
Protesto contra MIlei em frente ao Palácio da Justiça, em Buenos Aires. Foto: Luis Robayo/AFPSturzenegger diz que as críticas da oposição são uma cortina de fumaça para não discutir o conteúdo das reformas. Ele acrescenta que o decreto é uma aposta “tudo ou nada”, já que o Congresso pode rejeitar as medidas, mas não pode modificá-las.
O conselheiro de Milei diz que o decreto tem como objetivo desafiar o establishment político do país. “A única maneira de obter a mudança é desarmar essa estrutura e, de certa forma, esgotar seus recursos, porque é isso que eles usam para sustentar o status quo”, completa.
Fonte: DCM
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