quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Começa nesta quinta nova onda de calor que vai atingir 15 estados e o DF, mas será menos intensa que a anterior

 


A partir desta quinta-feira (14), uma nova onda de calor está prevista para atingir extensas áreas do país, embora os meteorologistas indiquem que desta vez, o fenômeno não será tão intenso quanto o registrado em novembro, que resultou em recordes de temperatura.

O termo “onda de calor” é caracterizado quando a temperatura permanece cinco graus acima da média por um período entre três e cinco dias.


Por causa dessas temperaturas acima da média para 15 estados e o Distrito Federal, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo”, que tem início às 12h00 desta quinta e é válido até às 19h do próximo domingo (17).



Segundo o instituto, serão afetadas áreas do:


1.Tocantins,

2.Rondônia,

3.Maranhão,

4.Piauí,

5.Bahia,

6.Espírito Santo,

7.Rio de Janeiro,

8.São Paulo,

9.Minas Gerais,

10.Paraná,

11.Santa Catarina,

12.Rio Grande do Sul,

13.Mato Grosso


E os estados inteiros de:


1.Mato Grosso do Sul 

2.E Goiás,

3.além do Distrito Federal.


Para os próximos dias, no centro das atenções, temos locais onde as temperaturas devem atingir entre 40°C e 42°C, incluindo o Mato Grosso do Sul, o sul e leste do Mato Grosso (com destaque para a capital Cuiabá), o sul de Goiás, o noroeste de Minas Gerais e a região oeste da Bahia, especialmente no Vale do São Francisco.


Na faixa de 38°C a 40°C, podemos esperar calor intenso no interior do Piauí, no Maranhão, no leste do Tocantins, no sul e leste de Santa Catarina e no interior de São Paulo. Já em regiões onde as temperaturas devem oscilar entre 37°C e 39°C, destacam-se o norte e oeste do Paraná, o estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo.


“A onda de calor não vai ser tão intensa e generalizada quanto a última. Com a proximidade do verão, temos mais umidade, que barra as temperaturas, impedindo que subam mais. Se a gente sobreviveu à última, vamos sobreviver a essa que vai ser menos intensa”, diz Fábio Luengo, que é meteorologista da Climatempo.


Em Cuiabá, por exemplo, a máxima anterior tinha sido em outubro, quando a cidade chegou a 44,2°C. No interior de São Paulo, algumas cidades registraram máximas acima dos 41°C. Nos dois locais, as máximas devem ser menores.


A onda de calor acontece uma semana antes da chegada do verão. E, ao contrário do que se imaginaria, é exatamente por isso que ela será menos quente do que a que vimos em novembro.


  • •Em novembro, estávamos no meio da primavera. Uma das características é que se trata de uma estação seca, com pouca chuva e nuvens. Sem nuvens para impedir a passagem do calor e umidade para dissipar as máximas, as temperaturas ficaram muito altas em um fenômeno de onda de calor.

  • •Agora, nos aproximamos do verão. Com isso, temos mais umidade e mais nuvens, o que faz com que o calor não seja tão intenso como o que vimos antes.

“Geralmente, os picos de temperaturas mais altas do ano ocorrem nas estações secas. Agora, começa a estação chuvosa. Então, é menos provável que ocorram temperaturas tão altas”, diz Estael Sias, meteorologista do Inmet.


Então, a onda de calor não vai deixar o verão mais quente? Os especialistas explicam que uma coisa não tem relação com a outra, mas que o verão vai ser mais quente que o normal.


A onda de calor acontece quando temos uma alta de até 5°C na temperatura média do período por vários dias. Só que esse é um fenômeno isolado, que não interfere na temperatura da estação.

O que vamos ter esse ano é uma influência do El Niño forte sobre o verão. Isso não acontece há três anos, quando passamos a estação com La Niña, que suaviza as temperaturas extremas.


“Já esquecemos o que é um verão sob El Niño forte. Então, podemos esperar um verão com máximas intensas. Em média, 3°C acima da média em boa parte do país”, explica Luengo.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

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