O senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES) usou a morte da jovem Jéssica Canedo, que cometeu suicídio após ser alvo de fake news e ódio pelo perfil de fofocas Choquei, para atacar a esquerda.
“É muito triste uma vida tão jovem se perder por conta da fome de likes e engajamento que muitas vezes não leva em conta as consequências que terão sobre a vida das pessoas envolvidas”, escreveu.
“A situação também nos coloca em estado de alerta. Sabendo do histórico da esquerda e a atual situação do Brasil, é um momento propício para que se utilizem desta tragédia para ampliar o controle da internet. Atualmente já existem mecanismos jurídicos que podem e tenho certeza que vão fazer com que o culpado pague. Sufocar a liberdade de expressão não é a solução”.
Em 2009, o então senador e pastor evangélico Magno Malta (PR), acusou o cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima de ter abusado sexualmente de sua própria filha, que tinha apenas dois anos na época.
Durante esse período, Malta era presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, mais tarde renomeada para CPI dos Maus-Tratos. Luiz Alves foi preso por nove meses, quando sofreu torturas que resultaram na perda de visão de um olho. O outro tem visão parcial.
Dia sim, dia não, ele era colocado amarrado dentro de um tonel de água gelada. Teve dentes arrancados por alicates, mas as marcas visíveis da tortura não podiam ser observadas por seus familiares: a polícia impedia a presença dos seus parentes.
Posteriormente, ele foi absolvido das acusações após exames confirmarem que sua filha ainda era virgem. Segundo o delegado, ele prendeu o cobrador depois de ouvir que Magno Malta tinha convicção de que teria ocorrido um estupro, baseado apenas na experiência do senador com a CPI.
Fonte: DCM
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