Aumento das transferências de renda para população de baixa renda teve papel decisivo na expansão do consumo
As transferências de renda através do programa Bolsa Família registraram um aumento substancial em 2023, alcançando o valor de R$ 168 bilhões. Este montante representa um crescimento de 35,2% em comparação com os R$ 124,2 bilhões combinados do auxílio emergencial e do Auxílio Brasil no ano anterior, ajustados para os valores de 2023. De acordo com a A.C. Pastore & Associados, que realizou o cálculo das transferências de renda em termos reais, este incremento é um dos principais fatores para a expansão do consumo das famílias brasileiras, segundo reportagem do Valor.
O valor atual do Bolsa Família supera em 317% a média anual do programa nos quatro anos anteriores à pandemia, que era de R$ 40,3 bilhões, também ajustada para os preços de 2023. A consultoria liderada por Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central (BC), destaca que as transferências de renda são um canal importante através do qual os gastos públicos estão impulsionando a demanda na economia. Em 2020, o montante das transferências de renda chegou a R$ 468,2 bilhões, considerando o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
Este aumento nas transferências no governo do presidente Lula é complementado pela força do mercado de trabalho e pela queda da inflação, contribuindo para o crescimento do consumo das famílias, que foi de 1,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, ajustado sazonalmente. Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,1%, e o investimento diminuiu 2,5%. As previsões da A.C. Pastore indicam que o consumo das famílias deverá crescer 3,4% em 2023, superando a expansão projetada de 3,1% para o PIB. Para 2024, espera-se que o consumo das famílias cresça 2,3%, novamente superando o crescimento previsto de 1,7% para a economia.
Fonte: Brasil 247 com reprotagem do Valor
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