População argentina retomou protestos contra o projeto de ditadura que se desenha no país vizinho
Milhares de argentinos encheram as ruas e sacadas em resposta ao mega Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) anunciado pelo presidente Javier Milei, marcando seu primeiro grande protesto desde a posse, há dez dias. Imediatamente após a primeira cadeia nacional de Milei, que prometeu alterações radicais nos direitos civis e na estrutura de poder governamental, cidadãos de diversas regiões, incluindo Buenos Aires e outras províncias, manifestaram sua insatisfação. Eles usaram panelas, buzinas e aplausos como forma de expressão, unindo-se no coro "Que se vayan todos". Esse protesto coincidiu com o aniversário do 20 de dezembro e a implementação do novo protocolo contra protestos populares, segundo reportagem do Página 12.
O panelaço, uma forma de protesto ruidoso, se espalhou rapidamente por vários bairros de Buenos Aires e outras províncias, como Santa Fé e Mendoza. As redes sociais e mensagens via WhatsApp foram fundamentais para organizar essas manifestações espontâneas. Os protestos refletiram uma ampla gama de preocupações, desde a alteração das leis tributárias até o medo de retrocessos democráticos e econômicos. Em vários pontos da cidade, pessoas de diferentes idades e profissões expressaram seu descontentamento, muitos criticando abertamente as políticas de Milei.
Ao mesmo tempo, houve quem demonstrasse apoio ao governo, gerando debates acalorados entre os cidadãos. As redes sociais refletiram essa polarização, com hashtags tanto a favor quanto contra o governo ganhando destaque. Alguns apoiadores de Milei expressaram otimismo, citando investimentos estrangeiros e potencial crescimento econômico, enquanto os críticos destacavam as implicações negativas das políticas anunciadas. Esta onda de protestos ocorre em um momento crucial para a Argentina, relembrando o aniversário da repressão de 20 de dezembro de 2001, e sinaliza um ambiente político altamente polarizado no país. Confira um vídeo:
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