Presidente celebrou o lançamento do Plano Ruas Visíveis, voltado à população em situação de rua
O presidente Lula (PT) participou nesta segunda-feira (11) do lançamento do Plano Ruas Visíveis, voltado à implementação e monitoramento da política nacional destinada à população em situação de rua no Brasil. Em seu discurso, ele avaliou: “a gente não poderia terminar o ano melhor do que estamos terminando esse ano. Esse Palácio já foi palco de muitas atividades importantes. Por aqui já passaram príncipes, rainhas, presidentes, primeiros-ministros, banqueiros e empresários. Mas poucas vezes esse palácio foi aberto para que o povo mais sofrido do Brasil pudesse participar”.
Lula disse que o Estado é o culpado pela condição das pessoas em situação de rua e falou em “descaso político, econômico e social” com essa população. “Não tem nada mais degradante do que alguém não ter onde morar, onde dormir, não ter uma espécie de ninho, um lugar em que a pessoa possa dormir, a mulher cuidar dos seus filhos. Fico imaginando como ficam as mulheres com duas ou três crianças tendo que dormir na sarjeta. Como é que dá banho nessas crianças? Como fazem as necessidades fisiológicas? Como ela se vira? Como o Estado cuida dela? Nós sabemos que muitas vezes o Estado não cuida dessas pessoas, a sociedade não se importa. Muitas vezes passamos por elas e viramos o rosto para não enxergar. Essa é a realidade do descaso político, econômico e social desse país. Se essas pessoas existem, a culpa não pode ser outra senão do Estado”.
“As pessoas são maltratadas e recusadas de longe. As pessoas são xingadas: ‘quem mandou ter muito filho? Porque não se cuida, não trabalha, é vagabundo’. Será que é só isso? Será que é tão fácil julgar as pessoas sem ter noção do que a gente está falando? Alguém já parou para conversar com essas pessoas? Alguém já parou para sentir a vida delas? Não. As pessoas fazem esse julgamento”, acrescentou.
Lula ainda destacou a importância das eleições de 2024 para o Plano Ruas Visíveis. “O que vocês viram a gente assinar aqui, eu quero chamar a atenção: não é para pensar que está resolvido. É como se essa gente estivesse plantando um pé de banana. Isso aqui tem que ser aguado, tem que ser cuidado se a gente quiser um cacho de banana para comer. Porque para destruir o que nós estamos assinando aqui é fazer uma reunião no gabinete de um presidente e assinar um decreto anulando tudo. E vocês sabem que tem gente capaz de anular, que tem gente que acha que isso aqui é uma afronta, que a gente não deveria estar cuidando de pobre, que a gente deveria estar governando para os ricos”.
Fonte: Brasil 247
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