sábado, 11 de novembro de 2023

Presos pela PF por suposta ligação com o Hezbollah negam acusações: 'não sou terrorista'

 Lucas Passos Lima, de 35 anos, e Jean Carlos de Souza, de 38 anos negaram vínculos com o grupo palestino Hezbollah durante uma audiência de custódia em São Paulo

Hezbollah e Polícia Federal (Foto: REUTERS | Divulgação/Polícia Federal)

Lucas Passos Lima, de 35 anos, e Jean Carlos de Souza, de 38 anos, presos pela Polícia Federal (PF) pela suspeita de planejar atos terroristas no Brasil, negaram vínculos com o grupo palestino Hezbollah durante uma audiência de custódia em São Paulo, nesta sexta-feira (10). Segundo o G1, “a prisão foi mantida, e eles vão seguir para o sistema prisional na segunda-feira (13)”.

Lucas foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ao retornar do Líbano na terça-feira (7). As investigações indicam que brasileiros associados ao Hezbollah estavam recrutando outros indivíduos para a execução de planos de atentados terroristas.

Lucas, que afirma residir em Brasília e trabalhar com regularização de imóveis, questionou a suposta ligação com Hezbollah.  "Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?". Ainda conforme a reportagem, ele já foi preso por porte dilegal de arma de fogo sete anos atrás.

O segundo acusado, Jean Carlos de Souza, residente em Joinville, Santa Catarina, relatou que suas frequentes viagens se devem ao trabalho de captação de negócios. "Eu acho absurdo isso. Falar: 'Jean, você é participante de um Hamas, Hezbollah. Não sei como estão falando isso'. Estou preso, eu só queria um pouco mais de respeito em relação a isso. Não sou. Se chegar na minha família, eu não sou terrorista", disse. 

O advogado de Jean, José Roberto Timoteo da Silva, também classificou o caso como "absurdo" e sem qualquer base, acrescentando que a situação envergonha a Justiça brasileira.


A divisão antiterrorismo da Polícia Federal em Brasília recebeu alertas sobre brasileiros, muitos deles com histórico criminal, de que brasileiros estariam sendo recrutados pelo Hezbollah no Líbano para realizar ataques no Brasil.  

As investigações, em curso desde dezembro de 2022, revelaram que alguns desses brasileiros se encontraram recentemente em Beirute com membros do Hezbollah para discutir colaboração em atos terroristas

Na última quarta-feira (8), a PF deflagrou a Operação Trapiche, resultando em medidas cautelares contra cinco pessoas. Dois brasileiros foram presos e um terceiro foi alvo de mandado de busca e apreensão. Dois brasileiros naturalizados, um libanês e um sírio, também tiveram mandados de prisão expedidos, mas estão fora do Brasil e não foram detidos durante a operação.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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