O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta (22) que a desinformação representa um risco para o sistema democrático e disse que ela tem o efeito de uma “lavagem cerebral” em alguns setores. Segundo Moraes, o combate às notícias falsas é crucial para a “sobrevivência e fortalecimento da democracia”.
Na opinião de Moraes, notícias falsas são utilizadas para atacar o processo eleitoral por dentro, manipulando os eleitores. Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), participou nesta quarta da abertura de um seminário sobre desinformação nas eleições, realizado pelo TSE e pela União Europeia. A embaixadora do bloco no Brasil, Marian Schuegraf, também participou.
“Trata exatamente da mais importante questão hoje em relação à sobrevivência e fortalecimento da democracia, que é a questão da desinformação nas eleições — afirmou, acrescentando: — “Todos os países democratas perceberam que há um grande ataque de desinformação em relação à vontade do eleitor”.
No STF, Moraes é relator dos chamados inquéritos das fake news e das milícias digitais, que investigam diversos casos de divulgação de desinformação. Como presidente do TSE, ele também comandou julgamentos sobre o tema, como a ação que deixou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por ter feito ataques sem provas ao sistema eleitoral.
No seminário, o ministro afirmou que há um ataque “autoritário” e “criminoso” contra a democracia.
— Essa desinformação visa captar a livre vontade do eleitor. Para, a partir disso, direcionar a sua vontade para determinado candidato. É um ataque à democracia por dentro. Ataque autoritário, ataque criminoso, ataque ilícito à democracia. Mas por dentro, o que é muito mais perigoso.
Moraes ainda ressaltou que a situação será agravada pela utilização de ferramentas de inteligência artificial.
“Agora nós temos um novo desafio, o combate à desinformação, veiculada nas redes sociais, com uso de inteligência artificial. Isso é extremamente perigoso”.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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