Estimativa é que a tabulação e organização dos dados sobre a espionagem ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro seja concluída em até 30 dias
A Polícia Federal (PF) conseguiu recuperar os cerca de 30 acionamentos de monitoramento ilegal realizados por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para rastrear a movimentação de adversários políticos, críticos, opositores, jornalistas e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
“O material foi recuperado e agora os peritos estão em pleno trabalho de identificar o extenso material. Ou seja, identificar os proprietários dos números de telefone monitorados. A área técnica da PF estima que esse trabalho de tabulação e organização leve cerca de 30 dias para ser concluído”, diz o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.
O esquema de monitoramento ilegal veio à tona no dia 20 de outubro, quando a PF deflagrou a operação Últma Milha. A ação resultou na prisão e exoneração de dois servidores da Abin, além do afastamento de um diretor da agência. Na ocasião, a PF identificou que apenas cerca de 1,8 mil monitoramentos estavam intactos.
A partir desses dados, a PF pôde identificar como a Abin agia durante o governo Bolsonaro, no período compreendido entre 2019 e maio de 2021, quando o programa estava em uso. O restante dos dados havia sido apagado no início das investigações, conforme suspeita da PF.
“Em paralelo, a Polícia Federal investiga quem teve acesso aos monitoramentos, quem os fez, quem mandou que fossem produzidos e que ações concretas os responsáveis pelo rastreamento fizeram a partir dos dados colhidos — como a produção de dossiês dos monitorados”, destaca a reportagem.
Fonte: Brasil 247 com ifnormações de Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo
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