A Justiça acatou
denúncia do Ministério Público do Paraná contra o deputado federal e
ex-governador Beto Richa (PSDB) por corrupção passiva, no âmbito da Operação
Quadro Negro, que investiga um esquema de desvio de recursos de obras em
escolas do Estado. O juiz substituto Leandro Leite Carvalho Campos, da 9° Vara
Criminal de Curitiba, aceitou a denúncia segundo a qual o ex-governador teria
comandado um esquema de cobrança de propina em troca de contratos com a
construtora do empresário Marco Antônio Guilherme.
De acordo
com a promotoria, Richa e o então diretor-geral da Secretaria de Estado da
Educação, Maurício Fanini teriam recebido R$ 100 mil em propina da empresa em
troca do favorecimento na construção do Centro Estadual de Educação
Profissional Indígena no Paraná, em Manoel Ribas. De acordo com o MP, a
organização criminosa pretendia “obter, diretamente, vantagens econômicas
mediante a prática fraudulenta de construção e reforma de escolas públicas
estaduais”. Fanini fechou acordo de delação premiada com o MP.
A propina
teria sido paga em duas parcelas de R$ 50 mil em um banheiro da secretaria. O
juiz considerou haver “a existência da justa causa para exercício da ação
penal, consubstanciada nos elementos indiciários e elementos de prova que
instruem os autos e que representam lastro probatório da materialidade e de
indícios suficientes de autoria dos delitos atribuídos aos denunciados”.
A defesa do ex-governador disse que a denúncia é “requentada” e
que confia que a Justiça vai absolvê-lo.
Fonte: Bem Paraná
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