O
indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal
Federal (STF), Flávio Dino, poderá enfrentar desafios com potenciais atritos ao
assumir o cargo, caso sua aprovação pelo Senado se concretize. Uma dessas
possíveis questões envolve seu relacionamento com o indicado pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), o ministro André Mendonça.
Mendonça, o
segundo nome proposto pelo ex-chefe do Executivo para integrar o STF,
anteriormente expressou diversas críticas a Dino, levantando questionamentos
sobre sua aptidão para suceder Rosa Weber.
Nos bastidores,
Mendonça dizia que Dino “falava demais”, alegando que ele “perseguia” certas
pessoas. Essa visão é compartilhada por setores alinhados aos bolsonaristas,
considerando Dino como um opositor do governo Lula, de acordo com a colunista
Bela Megale, do Globo.
Em setembro,
Mendonça e Alexandre de Moraes discordaram sobre o papel do ministro da Justiça
nos atos terroristas de 8 de janeiro. Enquanto Mendonça clamava por
esclarecimentos sobre a invasão do Palácio do Planalto, Moraes refutou a
atribuição de culpa ao ministro da Justiça.
Entre os
favoritos de Mendonça, o advogado-geral da União, Jorge Messias, despontava
como uma opção alinhada, compartilhando características similares, como o
background evangélico e a experiência na Advocacia-Geral da União (AGU).
Após a indicação
de Dino, Mendonça foi um dos poucos magistrados que não se manifestaram
imediatamente, contrastando com Kassio Nunes Marques, que elogiou a escolha
após interações prévias com Dino.
Vale destacar
que a sabatina de Flávio
Dino está programada para 13 de dezembro, conforme anunciado por
Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ) do Senado Federal, por meio de um comunicado oficial.
Fonte: DCM com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo
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