O brasileiro repatriado da Faixa de Gaza vai acionar a parlamentar bolsonarista. Confira também algumas ameaças contra Hasan Rabee feitas por pessoas que moram no Brasil
A defesa do brasileiro Hasan Rabee, repatriado da Faixa de Gaza para o Brasil, afirma que vai processar as pessoas responsáveis por ameaças contra ele. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) acusou o palestino com cidadania brasileira de compartilhar mensagens "pró-terrorismo" e também deverá ser acionada na Justiça. A informação foi publicada nesta quinta-feira (16) pela coluna de Mônica Bergamo. De acordo com a jornalista, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino, determinou à Polícia Federal uma investição das ameaças feitas aos brasileiros que estavam no território palestino.
Desde a sua chegada ao Brasil, na segunda-feira (13), Hasan teria recebido mais de 200 mensagens de diferentes pessoas que teriam apoiado ele. "Vagabundo safado, te dou um pau se eu te encontrar na rua" foi uma das mensagens enviadas a Hassan e compartilhadas com o Ministério dos Direitos Humanos. "Terrorista filha da p*, espero que você não venha para Florianópolis, seu m*", "volte pra lá [Gaza] e aguente as consequências", "não queremos terroristas no Brasil", "vaza lixo terrorista", foram outras ameaças.
Ataques de teor xenófobo e contendo ameaças de morte, calúnia e injúria racial foram alguns dos conteúdos identificados, informou a advogada Talitha Camargo da Fonseca, que o representa. A defensora formalizou nesta quinta (16) um pedido ao Ministério dos Direitos Humanos para que o brasileiro e sua família sejam incluídos no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH). Camargo também vai acionar o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitando a concessão de escolta policial para eles.
O número de mortos em Gaza pelos ataques de Israel subiu para mais de 11.500, informou nesta quinta (16) o Ministério da Saúde do enclave palestino. A quantidade de feridos aumentou para mais de 29.800. Apenas um hospital (Al Ahli) das 24 unidades hospitalares com capacidade para pacientes internados no norte de Gaza está funcionando com capacidade mínima e ainda admite pacientes.
Fonte: Brasil 247 com informação da coluna de Mônica Bergamo
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