Demian Reidel declinou devido a divergências substanciais em relação à proposta de dolarização
O governo de Javier Milei, ainda antes de assumir oficialmente, enfrenta uma crise com a recusa do economista Demian Reidel em assumir a liderança do Banco Central da Argentina. O convite feito por Milei foi declinado devido a divergências substanciais em relação à proposta de dolarização e às políticas monetárias discutidas no novo governo, segundo reportagem do Valor. Especulações ao longo da semana indicavam que Reidel seria o escolhido para o cargo, porém, desacordos com Luis Caputo, indicado para liderar a Economia, sobre o plano econômico e as políticas monetárias foram decisivos para a recusa.
Em entrevista ao jornal "La Nación", Reidel afirmou que as diferenças na elaboração das políticas foram determinantes para sua decisão, mas reiterou seu apoio integral ao governo de Milei, declarando-se um "mileísta de primeira hora". Além disso, a questão do fechamento do Banco Central, uma das promessas de campanha de Milei, também pode ter influenciado na decisão de Reidel, uma vez que o presidente eleito reiterou que essa medida é "inegociável".
Com a recusa de Reidel, o novo favorito para assumir o comando do Banco Central é Pablo Quirno, chefe de gabinete de Caputo durante o governo de Macri e ex-diretor da instituição, conforme informações do jornal "Clarín". A situação ressalta as tensões internas e os desafios que o governo de Milei enfrenta antes mesmo de sua posse, destacando a sensibilidade das decisões econômicas e monetárias para o futuro da Argentina.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do Valor
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