segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Gleisi rebate Estadão e Folha e diz que imprensa deve apurar melhor antes de fazer acusações infundadas

 Presidente do PT foi atacada pelos dois jornais após divulgar uma denúncia contra Andrezza Matais por fraude na cobertura do caso "dama do tráfico"

Gleisi Hoffmann e logomarca do jornal O Estado de S.Paulo (Foto: Reprodução)

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, foi à rede social X rebater os ataques que sofreu do jornal O Estado de S. Paulo após divulgar a denúncia enviada ao Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) contra a jornalista Andrezza Matais, revelando a fraude promovida pelo jornal nas reportagens que tentam associar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao crime organizado. 

O Estado de S. Paulo acusou no último domingo a presidente do PT de "instigar" a militância petista a "atacar" o jornal e Andrezza Matais. A Folha de S. Paulo também reforçou os ataques contra Gleisi.

Gleisi afirmou que desde o início o jornal adotou uma abordagem preconceituosa no caso da suposta "dama do tráfico amazonense", Luciane Barbosa, cujo casamento com um líder do Comando Vermelho foi utilizado por bolsonaristas para atacar o governo do presidente Lula. O governo do Amazonas informou, no entanto, que Luciane foi nomeada pela gestão estadual para ir a um encontro com autoridades federais. 

Por conta disso, seguiu a presidente do PT, houve reação negativa às reportagens de O Estado de S. Paulo, mas o jornal não conseguiu "salvar a face". Em relação aos ataques que sofreu, Gleisi afirmou que a militância petista age por conta própria e que somente estava compartilhando a denúncia ao MPTDF, pedindo apuração. "Isso é 'ataque'?", questionou a dirigente sobre as acusações. 

Gleisi também lembrou que o Brasil já pagou um preço elevado por conta das mentiras da imprensa corporativa, em alusão à Lava Jato e perseguições midiáticas contra os governos do PT. 


Vamos aos fatos: estava errada a matéria do Estadão sobre a passagem pelo Ministério da Justiça de alguém que o jornal chamou, sem fontes nem provas, de “Dama do Tráfico”.  Faltou apuração jornalística e sobrou preconceito: contra o ministro Flavio Dino e contra o direito dos familiares de presos. Sobrou também exploração política e midiática de um episódio que não constitui crime nem sequer “deslize”. Mas houve também reação indignada contra essa manipulação, que levou o jornal a se afundar cada vez mais no erro, tentado salvar a face. Hoje fui acusada pelo Estadão de “instigar militância petista” e, pela Folha, de “engrossar onda de ataques” contra uma jornalista com cargo de chefia no Estadão. Em primeiro lugar, a militância petista é formada por cidadãos e cidadãs conscientes, ninguém os instiga nem manipula. Em segundo lugar, não fiz ataque a ninguém. Cobrei apuração, por parte do Ministério Público do Trabalho, de denúncia publicada na revista Fórum, que é responsável pela notícia citada. Isso é “ataque”?  O que se espera da imprensa é que faça o que prega: apurar os fatos antes de lançar acusações. Isso vale para veículos e jornalistas de todos os matizes, independentemente de posição política e ideológica, de interesses econômicos ou corporativos. Nosso país já pagou um preço altíssimo por acusações infundadas e perseguições midiáticas.

Fonte: Brasil 247


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