Presidente do PT foi atacada pelos dois jornais após divulgar uma denúncia contra Andrezza Matais por fraude na cobertura do caso "dama do tráfico"
A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, foi à rede social X rebater os ataques que sofreu do jornal O Estado de S. Paulo após divulgar a denúncia enviada ao Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) contra a jornalista Andrezza Matais, revelando a fraude promovida pelo jornal nas reportagens que tentam associar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao crime organizado.
O Estado de S. Paulo acusou no último domingo a presidente do PT de "instigar" a militância petista a "atacar" o jornal e Andrezza Matais. A Folha de S. Paulo também reforçou os ataques contra Gleisi.
Gleisi afirmou que desde o início o jornal adotou uma abordagem preconceituosa no caso da suposta "dama do tráfico amazonense", Luciane Barbosa, cujo casamento com um líder do Comando Vermelho foi utilizado por bolsonaristas para atacar o governo do presidente Lula. O governo do Amazonas informou, no entanto, que Luciane foi nomeada pela gestão estadual para ir a um encontro com autoridades federais.
Por conta disso, seguiu a presidente do PT, houve reação negativa às reportagens de O Estado de S. Paulo, mas o jornal não conseguiu "salvar a face". Em relação aos ataques que sofreu, Gleisi afirmou que a militância petista age por conta própria e que somente estava compartilhando a denúncia ao MPTDF, pedindo apuração. "Isso é 'ataque'?", questionou a dirigente sobre as acusações.
Gleisi também lembrou que o Brasil já pagou um preço elevado por conta das mentiras da imprensa corporativa, em alusão à Lava Jato e perseguições midiáticas contra os governos do PT.
Vamos aos fatos: estava errada a matéria do Estadão sobre a passagem pelo Ministério da Justiça de alguém que o jornal chamou, sem fontes nem provas, de “Dama do Tráfico”. Faltou apuração jornalística e sobrou preconceito: contra o ministro Flavio Dino e contra o direito dos familiares de presos. Sobrou também exploração política e midiática de um episódio que não constitui crime nem sequer “deslize”. Mas houve também reação indignada contra essa manipulação, que levou o jornal a se afundar cada vez mais no erro, tentado salvar a face. Hoje fui acusada pelo Estadão de “instigar militância petista” e, pela Folha, de “engrossar onda de ataques” contra uma jornalista com cargo de chefia no Estadão. Em primeiro lugar, a militância petista é formada por cidadãos e cidadãs conscientes, ninguém os instiga nem manipula. Em segundo lugar, não fiz ataque a ninguém. Cobrei apuração, por parte do Ministério Público do Trabalho, de denúncia publicada na revista Fórum, que é responsável pela notícia citada. Isso é “ataque”? O que se espera da imprensa é que faça o que prega: apurar os fatos antes de lançar acusações. Isso vale para veículos e jornalistas de todos os matizes, independentemente de posição política e ideológica, de interesses econômicos ou corporativos. Nosso país já pagou um preço altíssimo por acusações infundadas e perseguições midiáticas.
Fonte: Brasil 247
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