Deputada argumentou que a brutalidade de Israel em Gaza, que resulta majoritariamente na morte de crianças e mulheres, exige uma posição firme: "Janja está certa e o Globo, errado"
Nesta sexta-feira (17), a deputada federal Gleisi Hoffmann disparou críticas contundentes contra o jornal O Globo, acusando-o de realizar um ataque direcionado à primeira-dama Janja Lula da Silva em seu editorial do dia. A parlamentar denunciou um "engajamento cada vez menos envergonhado ao governo Netanyahu", alegando que a publicação está patrulhando aqueles que expressam solidariedade à população de Gaza.
A deputada argumentou que a brutalidade de Israel em Gaza, que resulta majoritariamente na morte de crianças e mulheres, exige uma posição firme, e Janja está certa em levantar sua voz contra a violência vista na região.
"Editorial do Globo segue patrulhando quem manifesta solidariedade à população de Gaza, num engajamento cada vez menos envergonhado ao governo Netanyahu. O alvo de hoje é a Janja, por ter enviado um vídeo à conferência internacional de primeiras-damas sobre a paz em Gaza. Não há editorial capaz de negar os fatos: crianças e mulheres estão sendo massacradas e isso precisa parar. Janja está certa e o Globo está errado", escreveu Gleisi.
O estopim para a reação de Gleisi foi o destaque dado pelo jornal carioca à participação de Janja em um evento internacional sobre a paz na Palestina. A primeira-dama enviou um vídeo para a conferência "Todos Pela Paz na Palestina", realizada em Istambul e organizada pela primeira-dama da Turquia, Emine Erdogan.
No vídeo, Janja Lula da Silva condenou veementemente a violência em Gaza, classificando-a como um "massacre de bebês, crianças e jovens". Ela expressou sua incredulidade diante da situação e declarou ser "inadmissível" e "intolerável" que os mais vulneráveis não estejam sendo protegidos. As palavras da primeira-dama ecoaram seu apelo por um cessar-fogo na região. Assista abaixo
Em resposta, o editorial de O Globo atacou Janja, qualificando como "temeridade" sua assinatura em um documento resultante do encontro internacional. O jornal criticou o vídeo da primeira-dama, considerando-o inadequado e apontando um suposto paralelo "sem cabimento" entre as ações de Israel e a barbárie nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Além disso, o editorial adotou um tom machista ao sugerir o papel que Janja deveria desempenhar. O jornal alertou para uma suposta necessidade de cautela para que ela não interfira "em princípios e interesses diplomáticos de suas nações".
Fonte: Brasil 247
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