sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Gleisi critica expedição bolsonarista nos EUA: 'espero que a nossa Câmara não esteja bancando esta viagem com dinheiro do povo'

 "Jair Bolsonaro despachou o filho deputado e mais alguns cúmplices para difamar o Brasil no Congresso dos EUA", afirmou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quinta-feira (16) que a viagem de parlamentares bolsonaristas aos Estados Unidos não pode ter sido bancada com dinheiro proveniente da Câmara dos Deputados. "Jair Mentira Bolsonaro despachou o filho deputado e mais alguns cúmplices para difamar o Brasil no Congresso dos EUA. Tudo que conseguiram foi um encontro com a deputada Marjorie Taylor Greene, tão mentirosa, que foi expulsa dos Comitês temáticos da Câmara, condenada até por membros do seu Partido Republicano. Bolsonaro tem a cara de pau de registrar esse encontro em suas redes. Espero que a nossa Câmara dos Deputados não esteja bancando esta expedição bolsonarista com dinheiro do contribuinte", afirmou a parlamentar na rede social X, antigo Twitter. 

A parlamentar do PT fez referência à deputada americana Marjorie Taylor, que, em 2021, deixou duas comissões às quais tinha sido indicada por seu Partido Republicano por defender teorias da conspiração e estimular o ódio contra adversários políticos. 

O objetivo dos parlamentares bolsonaristas foi "mostrar ao mundo" supostas violações de direitos como a liberdade de expressão. Viajaram para os EUA o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), e os deputados federais Altineu Côrtes (PL-RJ), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Delegado Ramagem (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e Júlia Zanatta (PL-SC).


Durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2023), o filho dele foi aos EUA, para demonstrar alinhamento com o então presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano), da extrema-direita. 

Nos EUA, eleitores trumpistas e o próprio ex-chefe da Casa Branca tentaram dar um golpe de Estado em janeiro de 2021, quando seus apoiadores invadiram o Legislativo em protesto contra a derrota de Trump na eleição. Sem provas, o então presidente acusou o sistema eleitoral do seu país de ser fraudulento. Estrategista do ex-chefe da Casa Branca, Steve Bannon teve um encontro com Eduardo Bolsonaro em solo americano após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

Este ano (2023), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declararam Jair Bolsonaro inelegível após ele ter questionado sem provas a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes, durante uma reunião com embaixadores no ano passado em Brasília (DF). 

 Fonte: Brasil 247

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