Em uma entrevista à Rádio Gaúcha nesta quinta-feira (16), o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou exaltação ao ser questionado sobre
o uso político do Sete de Setembro de 2022, data em que liderou um coro de
“imbrochável” a seu favor.
Ele acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF) de ter favorecido o PT nas últimas eleições. Moraes
também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte que deixou Bolsonaro
inelegível por oito anos.
“É mentira essa questão de imbrochável”, declarou Bolsonaro, apesar da evidência da fala que foi gravada e transmitida ao vivo pela TV. “Quem falou é mentira, porque você não vê em lugar nenhum, e se vê, por favor, bote no ar. Mentira do presidente do TSE. Mentiroso. Parcial. Defendeu o PT o tempo todo por ocasião das eleições”, completou.
Ao participar do programa Timeline, o ex-presidente elevou o tom ao
abordar escândalos de seu governo, respondendo assertivamente: “Não tem o que
falar a meu respeito sobre joias, sobre vacina e sobre golpe”.
O líder da extrema-direita deu outras declarações em tom
irritado, se defendendo das acusações que enfrenta na Justiça: “Nunca me
envolvi com corrupção” e “querem me prender baseados em absurdos”, foram
algumas das frases ditas durante a entrevista.
O ex-presidente aproveitou para falar sobre os objetos que ele e seus
familiares teriam desviados do acervo federal. Ele disse que não tinha
conhecimento de todos os itens enviados ao seu governo. “Tem presentes que
você não vê”, explicou.
Bolsonaro também expressou seu desconforto em relação ao
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que conquistou o cargo com seu
apoio. O ex-presidente criticou o respaldo do aliado à Reforma Tributária
proposta pelo governo Lula.
“Eu não mando no Tarcísio. Ele é um
baita de um gestor. Politicamente, dá suas escorregadas. Eu jamais faria certas
coisas que ele faz com a esquerda.”
Ouça a entrevista completa
(o ataque a Alexandre de Moraes ocorre após o minuto 18):
Fonte: DCM
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