O ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia
Federal apure, nos próximos 30 dias, uma fake news divulgada contra o próprio
magistrado, o general Decio Schons e o comandante do Exército Tomás Ribeiro
Paiva. No mesmo período, os investigadores também deverão diligenciar no caso
das ameaças do general da reserva José Placídio Matias dos Santos ao ministro
da Justiça Flávio Dino.
As
ordens constam de despachos assinado na segunda-feira, 6. O caso da peça de
desinformação divulgada sobre Moraes e os militares foi remetida ao Supremo
pelo juízo da 9ª Vara Federal de Campinas. Já a petição sobre suposto crime
contra Dino aportou na Corte máxima após o Superior Tribunal Federal decidir
que a investigação deveria ficar sobre a alçada do STF.
A investigação sobre a fake news contra Moraes e os
militares foi aberta após o general Décio Schons relatar ter recebido
questionamentos sobre um vídeo publicado no YouTube. Tal gravação, falsamente,
dizia que Décio teria denunciado o comandante do Exército e o ministro
Alexandre de Moraes por supostos crimes que teriam cometido.
As
publicações em questão tratavam sobre um suposto ‘conluio’ de Paiva com
ministros do STF. Elas chegaram a ser desmentidas por agências de checagem de
fatos.
Ao
pedir a investigação, os advogados de Décio argumentaram que a publicação tinha
o ‘claro propósito de acusar prejuízo à imagem do militar’ e ‘criar cizânias no
interior das Forças Armadas, jogando militares da ativa contra os da reserva e
civis contra militares’.
Já no centro da investigação que mira José Placídio estão
publicações feitas pelo general no 8 de janeiro, defendendo que militares com
comando de tropa se rebelassem e “entrassem no jogo, desta vez do lado certo”.
Como mostrou
o repórter Marcelo Godoy, o oficial que exerceu função de confiança no Gabinete
de Segurança Institucional (GSI) sob o comando do general Augusto Heleno se
dirigiu diretamente ao comandante do Exército, general Júlio César de Arruda,
para que ele se colocasse à frente de um golpe de Estado.
No
mesmo dia, o coronel da reserva fez outra postagem em que ameaçou o ministro da
Justiça, Flávio Dino: “Sua purpurina vai acabar”.
José Placídio foi alvo de investigação militar, que concluiu pela
existência de autoria e materialidade do crime de ‘incitar à desobediência, à
indisciplina ou à prática de creme militar’. Os autos, no entanto, foram
enviados à Justiça Federal para analise de crime contra a honra do ministro
Flávio Dino.
Posteriormente, à Justiça Militar reconheceu sua incompetência para atuar no caso, mandando os autos ao STF. Eles foram distribuídos ao gabinete de Moraes em razão da conexão com o inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Fonte: Bem
Paraná com informações do Estadão Conteúdo
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