quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Ações contra Bolsonaro no TSE vão para gabinete de ministro considerado o 'mais fiel' ao ex-mandatário

 Ministro Raul Araújo, único a votar para absolver Bolsonaro em todos os processos já julgados, herda dez ações que estavam sob a responsabilidade do ministro Benedito Gonçalves

Raul Araújo (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

O ministro Raul Araújo assumirá a condução dos processos remanescentes contra Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta mudança ocorre em decorrência da transição na Corregedoria do TSE, antes ocupada pelo ministro Benedito Gonçalves, que deixa o cargo após alcançar o tempo máximo de permanência na Corte.

No final de seu mandato, Benedito Gonçalves procurou acelerar as ações em andamento. Em apenas quatro meses, o TSE julgou sete processos, resultando na inelegibilidade de Bolsonaro e seu vice, o general Walter Braga Netto, por oito anos. A mudança na relatoria dos processos pode imprimir um novo ritmo aos julgamentos de Bolsonaro. 

Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, “restam ainda dez ações que atingem o ex-presidente e seus aliados aguardando julgamento no TSE. Uma delas é movida pela Federação Brasil da Esperança, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e atribui a Bolsonaro e seus aliados a criação de um ‘ecossistema de desinformação’ na campanha. Até o momento, Raul Araújo emitiu votos absolvendo Bolsonaro em todos os julgamentos, mostrando uma taxa de fidelidade maior até mesmo que a do ministro Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente”.


Ao longo da campanha eleitoral ano passado, Araújo tomou decisões que agradaram ao entorno de Bolsonaro, incluindo a liminar que proibiu manifestações políticas no festival de música Lollapalooza. Ele também rejeitou pedidos do PT para retirar outdoors com mensagens de apoio a Bolsonaro e foi o único a votar contra a multa de R$ 22,9 milhões imposta ao PL, partido ao qual Bolsonaro é filiado, relacionada à tentativa de anulação de parte dos votos do segundo turno.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo

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