O Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) adiou o início dos depoimentos das
testemunhas nas ações que pedem a cassação do mandato do senador e ex-juiz
Sergio Moro (União Brasil) por abuso do poder econômico e caixa dois de
campanha. O adiamento foi determinado pelo desembargador Dartagnan Serpa Sá,
relator do caso, depois que o Podemos e a Fundação Trabalhista Nacional
entregaram mais de mil páginas de novos documentos sobre os gastos da
pré-campanha de Moro à Presidência da República.
A
defesa do senador pediu a retirada dos documentos do processo, alegando que
eles foram entregues fora do prazo. O Podemos e a fundação alegaram falha
técnica.
Inicialmente,
estava previsto que o TRE começaria a tomar o depoimento das testemunhas nesta
quarta-feira. Na sexta-feira, estava marcado o depoimento do deputado federal
cassado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Novo). Moro seria
ouvido em 16 de novembro.
Com
o adiamento, os depoimentos serão colhidos a partir de 29 de novembro, e o
senador deve depor em 7 de dezembro.
Nas
ações do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e do PT do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva que tramitam em conjunto acusam Moro de ter usado a pré-campanha
de pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos como manobra para
driblar os limites de gastos da campanha ao Senado. A defesa de Moro nega as
acusações alegando que a jurisprudência não prevê que os gastos da pré-campanha
sejam contabilizados nas despesas da campanha propriamente dita.
Os
processos contra Moro no TRE do Paraná investigam caixa 2 e uso indevido dos
meios de comunicação – mas para haver um novo pleito, é preciso que Moro seja
cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O caso só deve chegar ao TSE no
ano que vem, apesar da pressa do PT de resolver a questão o quanto antes.
Fonte: Bem
Paraná
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