Vinte caminhões com ajuda humanitária cruzaram neste sábado (21) as fronteiras do Egito e entraram em Gaza. Martin Griffiths, chefe humanitário da ONU, disse que esse comboio “não deve ser o último”. A ONU havia pedido 100 caminhões, enquanto cerca de 150 aguardavam sinal verde para entrar pela fronteira nesta sexta-feira, dois dias após o país autorizar a passagem de suprimentos básicos para o enclave palestino.
As autoridades locais, no entanto, adiaram a entrega “para o próximo dia ou depois” e afirmaram que somente 20 deles seriam autorizados a cruzar a fronteira por Rafah, o que aconteceu neste sábado, pela primeira vez desde o início da guerra.
“Saudamos o anúncio de hoje que um comboio de ajuda humanitária entrou em Gaza, o primeiro desde o início das hostilidades em 7 de outubro. O comboio de 20 caminhões inclui suprimentos vitais fornecidos pela Cruz vermelha egípcia e pela ONU, que foram aprovados para cruzar e serem recebidos pela Cruz Vermelha Palestina, com o apoio da ONU”, começa a mensagem oficial de Griffiths.
“A entrega segue-se a dias de negociações profundas e intensas com todas as partes relevantes para garantir que a operação de ajuda a Gaza fosse retomada o mais rapidamente possível e com condições adequadas”, segue o chefe humanitário da ONU, antes de dizer que está “confiante” que esse comboio será o começo “de um esforço sustentável para fornecer suprimentos essenciais, incluindo alimentos, água, medicamentos e combustível, ao povo de Gaza, de uma forma segura, confiável, incondicional e sem impedimentos”.
Após a passagem dos 20 veículos, o corredor voltou a ser fechado.
Segundo a embaixada norte-americana, a passagem de estrangeiros de Gaza para o Egito deve ser autorizada.
“Não sabemos quanto tempo a fronteira permanecerá aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza”, escreveu em comunicado, acrescentando que os cidadãos dos Estados Unidos que tentarem entrar no Egito por Rafah devem encontrar um ambiente “caótico e desordenado”.
Griffiths termina a nota dizendo que a situação humanitária em Gaza atingiu “níveis catastróficos”. “A população de Gaza suportou décadas de sofrimento. A comunidade internacional não pode continuar a falhar com eles”, conclui.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
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