Chanceler brasileiro afirmou que o papel do Brasil é buscar uma mediação para o conflito na Palestina
SÃO PAULO (Reuters) – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira que a posição do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Hamas, iniciado no fim de semana, é de que os atos violentos devem ser interrompidos e deve haver uma cessação de hostilidades.
“Evidentemente que nós condenamos as violências, o derramamento de sangue, mas achamos que, sobretudo estando o Brasil na presidência do Conselho de Segurança (da ONU) neste mês, tem que trabalhar para que haja um entendimento, uma discussão”, acrescentou o chanceler, que está em viagem ao Camboja, em entrevista gravada para o programa Voz do Brasil.
As hostilidades começaram no sábado, quando combatentes do Hamas invadiram Israel, e desde então as forças israelenses têm realizado pesados bombardeios na Faixa de Gaza, governada pelo grupo militante palestino.
Vieira lembrou que o Brasil assumiu a presidência do Conselho de Segurança da ONU no dia 1º de outubro e que exercerá o comando durante todo o mês de outubro. Segundo ele, já ocorreu uma reunião fechada do conselho, convocada pelo Brasil, para ouvir o relato do representante especial do secretário-geral da ONU para o Oriente Médio. Participaram do encontro apenas representantes dos 15 países que compõem atualmente o conselho.
“Nossa posição é de condenação dos atos de violência, condenação do estado de hostilidade, e empenhar todos os esforços para que se possa chegar a um entendimento e a uma cessação de fogo em um primeiro momento, e uma negociação de paz”, acrescentou Vieira.
De acordo com o chanceler, o governo utilizará seis aviões militares para repatriar brasileiros que já se inscreveram na embaixada. São “cerca de 2.200 ou 2.300”, afirmou Vieira.
Na tarde desta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou em comunicado que decolou de Tel Aviv um primeiro avião com 211 brasileiros que pediram para ser repatriados de Israel em meio à guerra entre o país e o Hamas, que deixou mais de 1.800 mortos até o momento, incluindo dois brasileiros.
O Itamaraty disse ainda que mantém conversações com autoridades para retirar brasileiros da Faixa de Gaza.
Fonte: Brasil 247
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