Tendência é vista com cautela, pois a indústria nacional enfrenta desafios de competitividade
Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil viu oito commodities dominar quase dois terços de suas exportações, evidenciando um quadro de crescente dependência desses produtos na pauta exportadora. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), obtidos pelo jornal Valor, as vendas de soja, petróleo bruto e óleos combustíveis, minério de ferro, carnes, açúcar, milho, celulose e café totalizaram US$ 163,2 bilhões, representando 64,5% dos US$ 253 bilhões exportados no período.
Em comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento nessa participação, que era de 63,5%. Esse cenário é ainda mais impactante quando comparado com os 26,3% do total de exportações dessas commodities nos primeiros nove meses de 2000.
Especialistas apontam que a crescente presença dessas commodities na pauta exportadora brasileira ao longo dos últimos vinte anos é impulsionada pela robusta demanda chinesa e pela eficiência produtiva brasileira em tais segmentos. No entanto, essa tendência é vista com cautela, pois a indústria nacional enfrenta desafios de competitividade.
A dependência de poucas commodities para impulsionar as exportações traz riscos significativos, visto que a economia fica vulnerável às oscilações de preços desses produtos no mercado global, que frequentemente são sujeitos a flutuações expressivas.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor
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