Presidente reforçou a Isaac Herzog o apelo por um corredor humanitário, que permita a saída dos civis da Faixa de Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao presidente de Israel, Isaac Herzog, para que não falte água, alimentos e remédios para os palestinos que vivem na Faixa de Gaza e para que os brasileiros possam sair por meio de um corredor humanitário. "Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel Isaac Herzog. Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas. Solicitei ao Presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais. Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra", disse Lula.
"Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz", acrescentou. Confira:
Leia também reportagem da Sputnik Brasil sobre o assunto:
Autoridades que estão acompanhando de perto a situação na Faixa de Gaza, afirmaram à Folha de São Paulo que os 28 brasileiros que estão em Gaza – entre eles uma idosa e 15 crianças – vão morrer de fome caso fracasse a tentativa do governo brasileiro de evacuá-las do território pela fronteira com o Egito.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, a "situação é desesperadora": "Sim, eles vão morrer de fome", afirmou um diplomata sob condição de anonimato. O grupo foi abrigado em uma escola católica, e o governo brasileiro já pediu a Israel que não bombardeie o local.
Israel já avisou que não haverá luz, comida e nem mesmo água enquanto o Hamas mantiver reféns no território. O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, já pediu por meio de carta que Tel Aviv crie corredores humanitários para a saída dos civis de Gaza, e também para a entrada de alimentos.
A mídia explica que os estoques de comida da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês), vão durar apenas mais quatro dias. É esse alimento que chega aos brasileiros, e por isso o desespero citado pelo governo.
Os alimentos, em tempos normais, são obtidos por meio de doações, inclusive do Brasil. Na guerra, no entanto, Israel bloqueou todas as entradas ao território, e a comida não está chegando.
As condições de vida dos palestinos brasileiros que tentam viajar ao Brasil são muito diferentes das dos brasileiros que estavam em Israel, e que já estão embarcando de volta ao Brasil em voos da FAB.
Eles não são turistas, nem têm qualquer dinheiro. São pessoas pobres, que moravam em Gaza por serem também cidadãos palestinos, e que viviam já em situação de extrema dificuldade, relata o jornal.
O governo brasileiro tenta desde o começo da semana negociar com o Egito a passagem dos brasileiros pela fronteira do país árabe com Gaza. Cairo, no entanto, reluta em ajudar pois teme que milhares de palestinos passem pela fronteira, transformando-se em refugiados. Para piorar ainda mais a situação, Israel bombardeou a cidade de Rafah, por onde os brasileiros teriam que passar.
Fonte: Brasil 247
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