terça-feira, 17 de outubro de 2023

Insistir na criação da CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro foi um erro, admitem aliados de Bolsonaro

Integrantes do PL admitem reservadamente que, ao contrário do que planejavam, a CPI dos atos golpistas não serviu para comprovar que houve inação do governo Lula no episódio. Além de abrir espaço para os governistas exporem e reforçarem sua visão do que ocorreu. A informação é de Malu Gaspar, em seu blog no Globo.

Nesta terça-feira (17), a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MG), pediu o indiciamento do ex-presidente da República ao apontá-lo como autor “seja intelectual, seja moral” dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou na invasão e a depredação da sede dos três poderes em Brasília.

Segundo Liziane, Bolsonaro teria cometido quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, todos previstos no Código Penal, nos artigos 288 e 359.


Interlocutores do ex-presidente ouvidos pela coluna avaliam que o relatório de Eliziane – que deve ser votado pelos demais integrantes da CPI nesta quarta-feira (18) – é “mais opinativo” e “político” do que jurídico, mas mesmo assim pode provocar estragos.

“É tudo uma narrativa política. Indiciamento é a mesma coisa que relatório policial, significa que alguém que fez investigação acha que tem indícios, mas quem vai dizer se há ou não é o Ministério Público”, afirma um integrante do PL.

Um dos temores dentro do PL é o de que um novo procurador-geral da República indicado pelo presidente Lula, aproveite o material da CPI para dar novo fôlego às investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) nos inquéritos que vêm sendo conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pavimentando o caminho de uma eventual denúncia.

Fonte: Agenda do Poder com informações da jornalista Malu Gaspar em seu blog no jornal O Globo

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