Nesta segunda-feira (30), o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, revelou as indicações dos economistas Paulo Picchetti
e Rodrigo Teixeira para diretorias do Banco Central. A formalização das
nomeações deve ocorrer ainda nesta segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT).
Picchetti deve assumir a diretoria de Assuntos Internacionais e de
Gestão de Riscos Corporativos, e Teixeira tende a ir para a diretoria de
Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
No entanto, a confirmação está sujeita à sabatina na
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, seguida de votação
pelos senadores na CAE e em plenário.
Com a adição dos novos indicados, o
Banco Central passará a contar com quatro membros do governo atual. O
presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e outros oito diretores compõem
a diretoria colegiada.
Picchetti, com experiência acadêmica destacada, possui mestrado em
economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado pela Universidade de
Illinois (EUA). Atualmente, é professor na Escola de Economia da FGV, com
conhecimentos abrangentes em métodos quantitativos, teoria dos jogos e
econometria.
Haddad descreveu Picchetti como “responsável há muitos e
muitos anos pelos principais indicadores de inflação do país. Uma pessoa que
tem um repertório acadêmico considerável e um conhecimento da área a toda
prova”, descreveu o ministro.
Já Teixeira, funcionário de carreira do Banco Central, é destacado por
sua contribuição na prefeitura de São Paulo como subsecretário de Gestão, além
de ter mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo.
“Foi meu subsecretário de Gestão quando eu era prefeito
de São Paulo. […] É uma pessoa que me ajudou muito na prefeitura de São Paulo,
com reestruturação de carreiras. Vai poder, junto ao Banco Central, fazer uma
mediação necessária com o governo federal neste momento. Tem o respeito dos
colegas, dos demais diretores”, disse Haddad sobre Teixeira.
Os diretores do Banco Central têm a responsabilidade
crucial de monitorar a inflação, utilizando a taxa básica de juros da economia,
a Selic, como principal ferramenta de controle. O próximo encontro do Comitê de
Política Monetária (Copom) está marcado para esta semana, com previsões
indicando um novo corte na taxa para 12,25% ao ano.
Durante este ano, o presidente Lula expressou críticas
quanto ao patamar da taxa básica de juros, alegando seu impacto no crescimento
econômico e na geração de emprego e renda. A reunião entre Lula e o atual
presidente do BC, Roberto Campos Neto, em setembro, teve como objetivo
“construir uma relação” entre os dois, conforme revelado pelo ministro Haddad.
Fonte: DCM
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