Dados apontam que Martins fez quatro visitas não registradas em agenda oficial ao Palácio da Alvorada no mês de dezembro do ano passado
Uma série de e-mails e informações obtidas através da Lei de Acesso à Informação pelo jornal O Globo têm alimentado as suspeitas da CPMI do 8 de janeiro a respeito das movimentações do ex-assessor presidencial Filipe Martins no período posterior à eleição em que Jair Bolsonaro foi derrotado pelo presidente Lula.
Dados apontam que Martins fez quatro visitas não registradas em agenda oficial ao Palácio da Alvorada no mês de dezembro do ano passado, especificamente nos dias 16, 18, 20 e 21 de dezembro de 2022. Além disso, registros mostram que ele participou de uma reunião no Ministério da Defesa em 27 de dezembro.
A atenção dos investigadores foi especialmente capturada pela delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid mencionou Martins como a figura central na entrega de uma minuta com teor golpista ao então presidente. O conteúdo da minuta é grave: ele detalha alegadas interferências do Poder Judiciário sobre o Executivo e propõe a realização de novas eleições, além da prisão de diversas autoridades.
A combinação dos depoimentos e dos registros de visitas ao Palácio da Alvorada levou os investigadores a suspeitar que, em um desses encontros, Martins teria entregue o decreto do golpe a Bolsonaro, que possivelmente solicitou alterações no texto.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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