Foi eleita presidente Paula Coradi, que é uma das principais aliadas de Boulos no partido
O 15º Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) chegou ao seu desfecho com a eleição de Paula Coradi como presidente do partido, consolidando a vitória do grupo liderado por Guilherme Boulos, deputado federal e apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A chapa "Todas as Lutas", encabeçada por Coradi, conquistou 300 votos, superando com folga o grupo "Bloco Democrático de Esquerda", que obteve apenas 147 votos. Essa vitória ressalta a influência das militâncias Primavera Socialista e Revolução Solidária, que defendem uma abordagem menos radical e uma maior aproximação com o Partido dos Trabalhadores (PT), segundo aponta reportagem de Fernanda Alves, no Globo.
No discurso após sua eleição, Paula Coradi enfatizou os desafios que o PSOL enfrentará no futuro e a importância do partido como uma referência para diversos movimentos sociais. Ela também destacou a necessidade de abordar questões ambientais com uma perspectiva que considere não apenas a preservação da natureza, mas também a presença humana no território.
No entanto, o congresso não ocorreu sem controvérsias e tumultos. Houve uma briga entre militantes de diferentes vertentes do partido durante o evento, que precisou ser controlada por outros membros do PSOL. Um dos principais pontos de discórdia foi uma discussão sobre a figura de Leon Trotsky, o revolucionário russo assassinado em 1940, que é reverenciado por alguns grupos dentro do partido.
Além disso, a batalha de gritos de guerra entre os grupos Primavera Socialista e Movimento Esquerda Socialista chamou a atenção dos observadores estrangeiros que acompanharam o congresso. A votação da Executiva Nacional, que não foi transmitida ao vivo, gerou críticas de apoiadores do partido nas redes sociais, que expressaram insatisfação por não poderem acompanhar o processo em tempo real. Apesar das divergências internas, a vitória de Paula Coradi representa um novo capítulo na história do PSOL, com desafios e tensões que continuarão a moldar o futuro do partido.
Fonte: Brasil 247 com reportagem de Fernanda Alves, no jornal O Globo
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