quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Bolsonaro detona relatório da CPMI do 8/1 e o classifica como “parcial, tendencioso e político”

 

Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota por meio de seus advogados, na qual expressa sua indignação em relação ao relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama na CPMI dos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de Janeiro.

No documento, Bolsonaro critica a proposta de seu indiciamento, enfatizando a falta de evidências que o liguem aos eventos investigados. Ele classifica o relatório como parcial e politicamente enviesado, questionando a ausência de fundamentos jurídicos em sua elaboração. Além disso, Bolsonaro menciona a omissão dos responsáveis pela segurança dos prédios públicos, ressaltando a alegada parcialidade do relatório.

“A proposta de indiciamento — para além da ausência de quaisquer elementos que conectem o ex-Presidente com os atos investigados —, mostra-se parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico, olvidando-se, inclusive, da ostensiva crítica aos atos de vandalismo feita nas redes sociais do ex-mandatário no próprio 08/01”, afirmou o ex-chefe de Estado brasileiro na nota.


Indiciamentos Propostos

O relatório final da CPMI do 8 de janeiro propõe o indiciamento de 61 pessoas, incluindo ex-integrantes e aliados do governo anterior.

Além de Jair Bolsonaro, a lista abrange diversos nomes, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-diretor da Polícia Federal Rodoviária (PRF) Silvinei Vasques, ex-ministros como Anderson Torres, Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos e Paulo Sérgio Nogueira, além da deputada federal Carla Zambelli.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid. (Foto: Reprodução)

Caso o relatório seja aprovado, ele será encaminhado aos órgãos responsáveis por promover a responsabilização criminal das condutas listadas por Eliziane, como o Ministério Público Federal. Essas instituições continuarão as investigações e avaliarão se devem apresentar denúncias.

Aliados do governo e a relatora acreditam que o documento será amplamente aprovado. Espera-se que entre 18 e 20 deputados e senadores da CPI votem a favor, de acordo com parlamentares conservadores, enquanto Eliziane acredita que pode reunir 21 votos a favor.

A votação do relatório marca um passo importante na investigação dos eventos de 8 de janeiro e na busca por responsabilização criminal. O documento final contém propostas e recomendações que podem influenciar futuras ações no Congresso e no governo.

Fonte: DCM

 


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