domingo, 1 de outubro de 2023

Bancos avaliam redução gradual de parcelamento no cartão e juros do rotativo

 Setor se prepara para negociação conjunta de 90 dias no contexto do projeto de renegociação de dívidas do governo

(Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha)

O setor bancário está explorando diferentes estratégias para reduzir as taxas de juros no sistema rotativo de cartão de crédito. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, várias propostas estão sob análise, incluindo um modelo que, gradualmente, buscará diminuir as taxas de juros do rotativo e, simultaneamente, encurtar o prazo para o parcelamento sem juros.


Os bancos argumentam que a ausência de um limite de prazo para parcelamento de compras características do endividamento do consumidor e do funcionamento do sistema financeiro, pressiona as taxas de juros, incluindo o cartão de crédito.

Os bancos afirmam que, se o consumidor puder arcar com as prestações, ele tenderá a ignorar as taxas de juros impostas no produto. Assim, os varejistas, estimulam o estímulo às vendas, oferecem parcelas mais acessíveis em prazos mais longos. Esse cenário, segundo os bancos, aumenta o risco de inadimplência nas parcelas finais, o que, por sua vez, pressiona as taxas de juros. Portanto, eles argumentam que é um ciclo prejudicial.

Por outro lado, associações de fintechs e pequenos varejistas contestam a conexão entre parcelamento e inadimplência. Segundo dados da Abranet (Associação Brasileira de Internet), que representa empresas de pagamento digital, os clientes que compram parcelados têm uma taxa de inadimplência menor do que aqueles que compram à vista.

Os defensores do modelo de redução gradual acreditam que, durante um período de transição de três a cinco anos, é possível encurtar gradualmente os prazos para o parcelamento de compras sem juros. Atualmente, não há um limite definido, mas a maioria dos varejistas oferece parcelamento em até 12 vezes, podendo chegar a 24 meses. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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