O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detonou o Hery Waldir Kattwinke, que defende Thiago de Assis Mathar, segundo réu pelo ataque terrorista de 8 de janeiro. O advogado fez uma série de ataques aos membros da Corte e o magistrado avalia que seu discurso foi feito “para postar nas redes sociais”.
“É patético e medíocre que um advogado suba na tribuna do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, com um discurso para postar depois nas redes sociais que veio aqui agredir o Supremo, talvez pretendendo ser vereador do seu município no ano que vem”, afirmou.
Moraes ainda disse ver com “tristeza” a atuação do advogado, que, segundo ele, “ignorou a defesa” do cliente. “Não analisou nada, absolutamente nada. Não analisou associação criminosa, não analisou dano. Não analisou nada porque preparou um discursinho para postar em redes sociais”, prosseguiu.
Um grupo de estudantes de Direito da Universidade de Rio Verde (UniRV) acompanha o julgamento de hoje e, para o ministro, eles aprenderam “o que não deve ser feito na tribuna da Suprema Corte do país”. “Tiveram uma aula do que um advogado constituído não deve fazer para prejudicar seu constituinte: esquecer o processo e querer fazer uma média com os patriotas”, aponta.
O ministro ainda disse que o advogado fez “ofensas diretas, pessoais e institucionais” a ele, ao ministro Luiz Fux, ao Supremo e à Justiça. Ele também zombou de Kattwinke por confundir “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, com “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry: “São obras que não têm absolutamente nada a ver. Mas quem não leu nenhuma vai ao Google e às vezes dá algum problema, um problema do mundo das redes sociais”.
Após detonar o advogado, Moraes votou pela condenação de seu cliente a 15 anos de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Fonte: DCM
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