sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Presos no Paraguai, bolsonaristas chegam a Brasília e vão para a Papuda


Diogo Arthur Galvão, Rieny Munhoz Marcula Teixeirae Wellington Macedo de Souza, bolsonaristas presos no Paraguai. Foto: reprodução

Nesta sexta-feira (15/9), os três brasileiros suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos encontrados no Paraguai chegaram a Brasília em um avião da Polícia Federal (PF). As prisões foram realizadas em uma operação coordenada com a Polícia Nacional e o Departamento de Migração do Paraguai, marcando uma colaboração internacional entre as autoridades brasileiras e paraguaias.

Os três suspeitos foram alvos de mandados da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF, com o objetivo investigar financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília em dezembro de 2022 e no dia 8 de janeiro. As acusações incluem crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Entre os presos está o blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza, suspeito de tentativa de atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera de Natal do ano passado.


O blogueiro Wellington Macedo, condenado por bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Além dele, a empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira foi detida como uma possível financiadora dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Seus bens foram bloqueados, e ela é suspeita de ter financiado o fretamento de um ônibus que saiu de Jundiaí (SP) com 39 pessoas com destino à capital federal.

O terceiro alvo da operação é o empresário Diogo Arthur Galvão, que possui uma empresa no setor de madeiras em Campinas (SP). Ele apareceu em vídeos de convocação e fez transmissões ao vivo dos ataques em Brasília, além de ter fotos publicadas dentro de uma das instituições invadidas.

A ação conjunta entre as autoridades brasileiras e paraguaias envolveu as chancelarias e os ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e do Interior. Essa colaboração ressalta a importância da cooperação internacional no combate a crimes transnacionais e em casos que envolvem ameaças à democracia.

A chegada dos brasileiros presos no Paraguai a Brasília marca mais um desenvolvimento na investigação sobre atos antidemocráticos ocorridos na capital federal. As prisões e as acusações lançam luz sobre a gravidade dos eventos ocorridos em dezembro de 2022 e janeiro de 2023 e ressaltam a necessidade de manter a democracia e o Estado de Direito. O desenrolar desse caso continuará a ser acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades competentes.

Fonte: DCM

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