Nesta sexta-feira (15/9), os três brasileiros suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos encontrados no Paraguai chegaram a Brasília em um avião da Polícia Federal (PF). As prisões foram realizadas em uma operação coordenada com a Polícia Nacional e o Departamento de Migração do Paraguai, marcando uma colaboração internacional entre as autoridades brasileiras e paraguaias.
Os três suspeitos foram alvos de
mandados da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF, com o objetivo investigar
financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília em
dezembro de 2022 e no dia 8 de janeiro. As acusações incluem crimes como
abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano
qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e
deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Entre
os presos está o blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza, suspeito de tentativa de atentado com bomba no Aeroporto
Internacional de Brasília na véspera de Natal do ano passado.
Além dele, a empresária paulista Rieny
Munhoz Marcula Teixeira foi detida como uma possível financiadora dos atos
antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Seus bens foram bloqueados, e ela é
suspeita de ter financiado o fretamento de um ônibus que saiu de Jundiaí (SP)
com 39 pessoas com destino à capital federal.
O terceiro alvo da operação é o
empresário Diogo Arthur Galvão, que possui uma empresa no setor de madeiras em
Campinas (SP). Ele apareceu em vídeos de convocação e fez transmissões ao vivo
dos ataques em Brasília, além de ter fotos publicadas dentro de uma das
instituições invadidas.
A ação conjunta entre as autoridades
brasileiras e paraguaias envolveu as chancelarias e os ministérios da Justiça e
Segurança Pública (MJSP) e do Interior. Essa colaboração ressalta a importância
da cooperação internacional no combate a crimes transnacionais e em casos que
envolvem ameaças à democracia.
A chegada dos brasileiros presos no Paraguai a Brasília marca mais um desenvolvimento na investigação sobre atos antidemocráticos ocorridos na capital federal. As prisões e as acusações lançam luz sobre a gravidade dos eventos ocorridos em dezembro de 2022 e janeiro de 2023 e ressaltam a necessidade de manter a democracia e o Estado de Direito. O desenrolar desse caso continuará a ser acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades competentes.
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