A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, opinou contra o fechamento de um acordo de colaboração premiada entre a Polícia Federal (PF) e o tenente-coronel Mauro Cid. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
O militar e seu advogado, Cezar Bitencourt, estiveram no Supremo na última quarta-feira (6) para uma audiência sobre a delação. Vale destacar que, nas últimas semanas, o bolsonarista prestou cerca de 26 horas de depoimento sobre casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na avaliação da PGR, é prerrogativa do MPF celebrar esses acordos, uma vez que a instituição é quem exerce o papel de acusador nos processos criminais e, não cabendo, portanto, à PF negociar eventuais benefícios com investigados.
A oposição da equipe de Aras, no entanto, não deve ser empecilho para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar o acordo nos próximos dias, já que é do Supremo a palavra final sobre o assunto.
Vale destacar que a PGR procurou a defesa de Cid para saber se o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tem interesse em iniciar uma negociação de delação premiada com a instituição, paralela à firmada com a PF. A informação foi divulgada pela CNN.
O movimento da PGR, no entanto, não deve interferir nas negociações com a PF. Caso a delação seja referendada pelo Supremo, o acordo passa a ser executado.
A PGR disse que “o processo está em sigilo, não houve e nem nunca haverá vazamentos na gestão do procurador-geral Augusto Aras e o único que pode se manifestar é o ministro Alexandre de Moraes”.
Fonte: DCM copm informação dojornal O Globo
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