quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Moraes vê organização criminosa com deputados e senadores no caso das joias

 Ministro utilizará esta argumentação para se contrapor à estratégia da defesa de Bolsonaro e para evitar que o inquérito vá para a primeira instância

Jair Bolsonaro, Mauro Cid e Alexandre de Moraes (Foto: Secom | ABr)

A estratégia montada pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) em transferir o inquérito das joias sauditas do Supremo Tribunal federal (STF) para a primeira instância, com o objetivo de dificultar uma possível condenação criminal ,deverá esbarrar na resistência da Suprema Corte por meio dos argumentos do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, os crimes relacionados aos atos antidemocráticos, fraude em cartões de vacinação e a venda das joias teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa em que “há deputados e senadores, o que justificaria a competência do Supremo para julgar todos os envolvidos, inclusive aqueles que não detêm foro privilegiado”. 

Na tentativa de evitar que o caso seja julgado pelo STF, a defesa de Bolsonaro alega que o ex-mandatário perdeu o foro privilegiado ao deixar a Presidência da República, o que levaria a ação para Justiça comum. A tese, que conta com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi utilizada para justificar a mudança de foro do ex-mandatário e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. 


Ainda conforme a reportagem, Moraes deverá argumentar junto aos demais ministros da Corte que os crimes relacionados teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa “liderada por Bolsonaro e composta por uma dúzia de aliados”, apontando “que os crimes têm conexão indissociável entre si”. “Um exemplo que sustenta essa tese é o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que tinha em seu celular a chamada ‘minuta do golpe" e atuou na falsificação de cartões de vacinação’, além de ter envolvimento na venda de presentes recebidos por Bolsonaro quando ele era chefe de Estado”. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Paulo Cappelli do Metrópoles

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