A 'pré-delação' é o momento em que o investigado conta tudo o que sabe para, então, a PF confirmar a consistência das informações e avaliar uma possível colaboração premiada
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, encontra-se em uma etapa prévia à possível colaboração premiada. Na quinta-feira (31), o militar foi submetido a um extenso interrogatório pela Polícia Federal (PF), que durou mais de nove horas. Nessa fase, conhecida como "pré-delação", o indivíduo sob investigação fornece todas as informações que possui aos investigadores. Posteriormente, caberá à PF avaliar se tais informações são ou não suficientemente sólidas para uma eventual colaboração premiada.
Fontes ouvidas por Natuza Nery, do g1, sugerem que Cid poderá revelar detalhes além do escândalo das joias, incluindo informações sobre as finanças de Bolsonaro. Isso poderá abrir caminho para novas investigações, cujos contornos ainda não foram divulgados.
Além de Cid, outras sete pessoas foram intimadas a prestar depoimento sobre o caso das joias na mesma quinta-feira. Quatro delas optaram pelo silêncio: Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o advogado Fabio Wajngarten e o ex-ajudante Marcelo Câmara. Por outro lado, os demais depoentes responderam às perguntas da PF: Mauro Lourena Cid, pai de Cid; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de Bolsonaro; e Frederick Wassef, advogado. "A casa, quando se divide, cai", comentou uma fonte.
Fonte: Brasil 247 com g1
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