“Democracia deve ser cuidada todos os dias, regada como uma planta para estar sempre altiva”, afirmou a deputado federal e presidenta do PT
A deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou a prisão do primeiro réu dos atentados do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro, questionando a vitória eleitoral do presidente Lula da Silva (PT), invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Nesta quinta-feira (14), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu um veredito condenatório para Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro réu a ser julgado pelos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, pelos cinco delitos mencionados na denúncia da Procuradoria-Geral da República. Votaram a favor da condenação pelos cinco crimes os ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Luiz Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber (presidente do STF).
No seu Twitter, Gleisi escreveu: “Golpe de Estado aqui não! STF condena o 1° réu dos atentados do 8 de janeiro. Que sirva de lição aos golpistas, pois todos os executores, financiadores e mentores intelectuais do golpe serão descobertos e responsabilizados pelos atos terroristas contra o país. Um marco na nossa história para que o povo jamais abra mão do Estado Democrático de Direito tão atacado nos últimos tempos. A democracia deve ser cuidada todos os dias, regada como uma planta para estar sempre altiva. Viva a democracia brasileira! #SemAnistia”.
Aécio Lúcio recebeu a condenação por dano qualificado, destruição de patrimônio público tombado, subversão violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e participação em associação criminosa.
O relator, Alexandre de Moraes, estabeleceu uma pena total de 17 anos de prisão, 100 dias-multa e uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos (a ser paga em conjunto com outros réus).
Dos ministros que acompanharam o relator, somente Cristiano Zanin propôs uma pena diferente, de 15 anos de reclusão.
Por outro lado, os ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Nunes Marques defenderam uma absolvição parcial de Pereira. No entanto, cada ministro apresentou uma abordagem diferente:
- Luís Roberto Barroso: absolver por subversão violenta do Estado Democrático de Direito e condenar pelos outros crimes;
- André Mendonça: absolver por tentativa de golpe de Estado e condenar pelos outros crimes;
- Kassio Nunes Marques: condenar por dano qualificado e destruição de patrimônio público tombado, absolvendo pelos outros crimes.
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