segunda-feira, 4 de setembro de 2023

General Penteado diz à CPI que G. Dias não compartilhou informações da Abin sobre atos de 8 de janeiro

 Ex-número dois do GSI, o general depõe nesta segunda à CPI dos atos golpistas do DF e critica retenção de informações pelo ex-ministro Gonçalves Dias

General Carlos José Russo Assumpção Penteado (Foto: Reprodução)

O ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Carlos José Russo Assumpção Penteado, fez uma afirmação contundente durante seu depoimento na manhã desta segunda-feira (4) perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF). Ele alegou que, se as informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tivessem sido compartilhadas com outros setores do GSI, os eventos de 8 de janeiro não teriam ocorrido.

Documentos da Abin revelam que os alertas foram enviados para o celular pessoal do ex-ministro Gonçalves Dias. No entanto, Penteado enfatizou que não recebeu qualquer informação sobre possíveis manifestações nos dias que antecederam o 8 de janeiro. "Nos dias que antecederam o 8 de janeiro, a posse presidencial transcorreu sem incidentes e havia notícias de que o acampamento estava se esvaziando. A expectativa era que a vida em Brasília retomasse a normalidade. Não recebi nenhum relatório, mensagem de WhatsApp ou chamada telefônica alertando para a possibilidade de ações violentas na Praça dos Três Poderes. Minha primeira tomada de conhecimento dessas mensagens [alertas] foi através da imprensa", afirmou o general Penteado, segundo reportagem do Correio Braziliense.


Carlos José Russo Assumpção Penteado, além de ter ocupado um cargo na equipe do ex-ministro Gonçalves Dias, foi um dos poucos que permaneceram no GSI, vindo da gestão do ex-ministro do GSI do ex-presidente Jair Bolsonaro, General Augusto Heleno. Em 24 de janeiro, o governo federal o exonerou, transferindo-o para o gabinete do comandante do Exército. Essa decisão foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) um dia antes, após uma recomendação do Exército Brasileiro, feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Correio Braziliense

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