sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Exército resistiu em conter golpistas no Planalto, diz relatório da PM

 Documento contradiz inquérito do Exército que havia isentado sua própria tropa de responsabilidade sobre a invasão e depredação do Palácio do Planalto

Militares do Exército e terroristas bolsonaristas (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

Um relatório da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas afirma que militares do Exército apresentaram resistência ao tentar conter os extremistas que invadiram o Palácio do Planalto durante os atos terroristas do  dia 8 de Janeiro, diz o jornalista Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles. O documento contradiz um inquérito do Exército que havia isentado sua própria tropa de responsabilidade sobre o caso.


As informações do relatório da PM foram compiladas em 12 de janeiro, apenas quatro dias após as sedes dos três Poderes terem sido invadidas e depredadas por manifestantes bolsonaristas  e de extrema direita. O material fornece um relato minucioso da operação, que resultou em 19 policiais feridos.

No documento, o comandante do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) da PM, Calebe Teixeira, descreveu a entrada da tropa no Palácio do Planalto e destacou que “mesmo enfrentando certa resistência por parte de militares do Exército que estavam dentro do edifício [Planalto], foi emitida uma ordem para que todos os presentes cessassem a desordem". Pouco depois, ainda, segundo ele, os policiais militares deram ordens de prisão aos extremistas. 

No mês passado, policiais militares testemunharam perante a Justiça que soldados do Exército fugiram do Palácio do Planalto enquanto o prédio era vandalizado. “Um vídeo mostra que um PM deu dez ordens em 40 segundos aos soldados do Exército no Planalto, que seguiram apáticos. Há ainda um servidor que narrou à Polícia Federal que militares do Exército confraternizaram com os extremistas”, ressalta a reportagem.

O Exército não se pronunciou sobre o documento. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles

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