sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Bomba armada por bolsonaristas no aeroporto de Brasília tinha potência de dinamite, aponta laudo

 Segundo o laudo, a bomba só não explodiu porque houve um erro no mecanismo de iniciação. “Todavia, a carga explosiva mostrou-se eficiente para produzir uma explosão"

Alan Diego (à esq.), George Washington (à dir.) e atos violentos em Brasília (DF) na primeira quinzena de dezembro (Foto: Reprodução | REUTERS/Ueslei Marcelino)

"A bomba colocada em um caminhão-tanque que entraria no Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022, tinha a força de uma dinamite", informa o Metrópoles nesta sexta-feira (29). A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a condenação de dois réus pelo crime: George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues. Eles foram condenados com base em um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que indicou que a bomba usada pelos extremistas apresentou efeitos semelhantes aos da dinamite durante um teste de campo.


Em um acórdão emitido em 28 de setembro, a 3ª Turma Criminal do TJDFT condenou George a 9 anos, 8 meses e 7 dias de reclusão, além de multa, por explosão e porte ilegal de armas e munição de uso permitido e restrito. Já Alan foi considerado culpado por explosão e recebeu uma pena de 5 anos de detenção, além de multa.

O voto predominante no julgamento de segunda instância foi proferido pelo relator, desembargador Jansen Fialho de Almeida. O magistrado mencionou o laudo da PCDF, que indicou que o dispositivo explosivo foi ativado antes da chegada dos policiais militares que conduziram a Operação Petardo para neutralizá-lo, mas felizmente não explodiu devido a um erro no sistema.

“O material explosivo no artefato era um cartucho de emulsão explosiva, que quando devidamente acionada, em teste de campo, apresentou efeitos análogos aos da dinamite”, diz trecho do laudo, que aponta também carga suficiente para produzir uma explosão. No entanto, houve um erro no mecanismo de iniciação. “As características verificadas durante os exames periciais indicam que o sistema de iniciação do artefato foi ativado/acionado/utilizado, antes do início da Operação Petardo, em momento que não se pode precisar de forma inequívoca. Contudo, a carga explosiva não foi acionada (não detonou). (...) Todavia, a carga explosiva, isto é, o cartucho de emulsão explosiva, mostrou-se eficiente para produzir uma explosão, quando acionada por mecanismo de iniciação adequado, conforme realizado nos testes de campo”.

Fonte: Brasil 247 com informação do Metrópoles

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