Ex-presidente também afirmou, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, que pretende dar um abraço no seu ex-ajudante de ordens
Nesta terça-feira 12, um dia antes de passar por uma cirurgia para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, em seu quarto no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Durante a conversa, Bolsonaro abordou diversas questões, incluindo as acusações que enfrenta, a delação premiada de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a possibilidade de retornar à Presidência e suas preocupações com relação a prisão e sua saúde.
Logo no início da entrevista, Bolsonaro negou categoricamente ter participado de qualquer tentativa de golpe no Brasil e destacou que durante seu mandato, não houve nenhum comportamento que indicasse uma ação fora dos limites constitucionais.
O ex-presidente abordou a investigação do inquérito relacionado ao episódio do dia 8 de janeiro, quando ocorreram protestos em frente ao Palácio do Planalto, afirmando que esse movimento contou com a omissão do governo Lula à época – tese delirante que vem sendo ventilada pelos bolsonaristas.
Sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, Bolsonaro mandou um recado ameaçador. "O Cid é uma pessoa decente. É bom caráter. Ele não vai inventar nada, até porque o que ele falar, vai ter que comprovar", afirmou. "Eu tenho um pensamento sobre ele: eu pretendo – e brevemente, se Deus quiser – dar um abraço nele. É só isso que eu posso falar", acrescentou.
O ex-presidente comentou sobre as acusações relacionadas às contas bancárias da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, afirmando que os gastos eram relativamente baixos e que não havia motivos para preocupação. Ele mencionou que a investigação em andamento abrange diversos aspectos, mas não vê fundamento nas acusações.
Sobre o episódio em que recebeu o hacker Walter Delgatti, Bolsonaro explicou que, como presidente, ele encaminhou o caso para a comissão de transparência eleitoral das Forças Armadas e que não vê razão para arrependimento.
Bolsonaro também abordou sua aparição em frente ao QG do Exército durante manifestações e explicou que sua intenção era apaziguar os ânimos dos manifestantes e não incentivar qualquer ato antidemocrático. Ele destacou que ao longo do tempo, as faixas favoráveis ao AI-5 desapareceram.
Quando questionado sobre a possibilidade de retornar à Presidência, Bolsonaro afirmou que essa não é sua prioridade, mas destacou que o "legado" de seu governo continua presente no Brasil.
Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista MÔnica Bergamo, da Folha de S. Paulo
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