terça-feira, 19 de setembro de 2023

Bolsonaro aguarda mudanças na composição do TSE e vê possibilidade de reverter inelegibilidade

 Saída de Alexandre de Moraes e a chegada de André Mendonça e Nunes Marques à Corte Eleitoral dão a Bolsonaro a expectativa de poder disputar a Presidência em 2026

Plenário do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

Condenado a uma inelegibilidade de oito anos, Jair Bolsonaro (PL) mantém a crença de que mudanças na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem criar uma reviravolta que abrirá caminho para sua candidatura à presidência em 2026, informa Paulo Cappelli, do Metrópoles. O ajuste na configuração do tribunal, composto por sete ministros, é ansiosamente aguardado por Bolsonaro. Ele vislumbra, em um cenário futuro, uma vitória por 4 a 3 em um julgamento de recurso para reverter sua inelegibilidade.


A primeira alteração, prevista para novembro deste ano, envolve a saída do ministro Benedito Gonçalves, atual corregedor do TSE e relator da ação que impede Bolsonaro de concorrer até 2030. A vaga deixada por Benedito Gonçalves no TSE será ocupada por Isabel Gallotti, considerada "independente" por apoiadores de Bolsonaro. A corregedoria do tribunal passará a ser comandada pelo ministro Raul Araújo, que votou contra a inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento ocorrido em junho.

Para abril do próximo ano está prevista a mudança mais esperada por Bolsonaro no TSE: a saída de Alexandre de Moraes, considerado um adversário. Sua cadeira deverá ser ocupada por André Mendonça, indicado pelo ex-mandatário para o STF e, portanto, visto como simpático a ele.

Essas mudanças, por si só, criarão um ambiente mais favorável para Bolsonaro. A cereja do bolo será colocada em 2026, quando Kassio Nunes Marques, considerado extremamente leal a Bolsonaro, assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

Bolsonaro acredita que essas mudanças criarão as condições ideais para anular sua inelegibilidade e, assim, permitir que ele dispute a Presidência em 2026.

Em junho deste ano, o plenário do TSE declarou Bolsonaro inelegível por oito anos, com uma votação de 5 a 2, devido a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores realizada no Palácio da Alvorada em 18 de julho do ano passado. Um recurso começará a ser analisado pela Corte nesta sexta-feira (22). No entanto, atualmente, é altamente improvável que Bolsonaro obtenha um resultado favorável.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles


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