Em publicação as redes sociais, o governador mineiro, que disputa o espólio da extrema-direita após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, falou em "distorção dos fatos"
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, tentou justificar neste domingo (6) as declarações dele consideradas xenofóbicas contra a região Nordeste. Em publicação as redes sociais, o governador mineiro, que disputa o espólio da extrema-direita após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, falou em "distorção dos fatos".
"A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união", escreveu Romeu Zema.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema defendeu ações de um consórcio de Estados do Sul e Sudeste do Brasil para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas em resposta aos Estados do Norte e Nordeste.
O Consórcio Nordeste e políticos do campo progressista reagiram neste final de semana após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defender que os estados das regiões Sul e Sudeste se unam para barrar o avanço dos interesses do Nordeste. O mandatário disse, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo no sábado (5), que o grupo busca consolidar um “protagonismo” para garantir força majoritária frente às demais regiões. Esta não é a primeira vez que o governador mineiro ganha repercussão após falas que discriminam nordestinos.
Em nota oficial, o Consórcio Nordeste disse que Zema tem uma “leitura preocupante do Brasil”. “Ao defender o protagonismo do Sul e do Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vêm sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, acrescenta o bloco, que reúne os governadores de todos os nove estados da região.
O grupo diz ainda que o Consórcio Nordeste, bem como o da Amazônia Legal, busca ampliar a cooperação local, compartilhar “melhores práticas e soluções de problemas comuns” e favorecer o desenvolvimento sustentável, buscando não uma “guerra” com os outros estados do país, mas sim “compensar desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento”.
“Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de ‘O Brasil que cresce unido’. Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica subalterno, dividido e desigual”, acrescenta a nota, que ao final apela ainda para a “união nacional em torno da reconstituição de áreas estratégicas para o país”.
Fonte: Brasil 247
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