quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Wassef poderá ser alvo de pedido de prisão se recusar depoimento sobre caso Rolex, diz PF

 Ligado ao clã Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef alega que não foi formalmente intimado e por isso não irá comparecer à oitiva marcada para a quinta-feira

Frederick Wassef (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Após o advogado Frederick Wassef ter dito a interlocutores que não pretende comparecer ao depoimento no âmbito do inquérito que apura a venda ilegal de itnes que deveriam ser incorporados ao Estado brasileiro, mas que Jair Bolsonaro (PL) tentou se apropriar, investigadores da Polícia Federal destacam que indivíduos sob investigação que optam por não comparecer aos depoimentos formais, mesmo após terem sido devidamente intimados, estão sujeitos a medidas mais rigorosas, como possíveis pedidos de prisão. A informação é da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo. 


Wassef alega que ainda não foi oficialmente intimado para o depoimento, e com base nisso, decidiu não comparecer à oitiva. Ao todo, a Polícia Federal intimou oito indivíduos, convocando-os a prestar depoimentos simultâneos sobre o caso das joias sauditas. 

Entre os convocados estão Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os advogados Frederick Wassef e Fábio Wajngarten, além de outras figuras ligadas ao cenário político, como o tenente-coronel Mauro Cid [ex-ajudante ordens de Jair Bolsonaro) e Marcelo Câmara.

Recentemente, Wassef admitiu ter recomprado um relógio Rolex que originalmente havia sido presenteado ao ex-presidente Bolsonaro pelo regime saudita. Essa peça e outras joias de luxo haviam sido ilegalmente comercializadas nos Estados Unidos, sendo posteriormente recuperadas e entregues à Caixa Econômica Federal, atendendo a determinações do Tribunal de Contas da União (TCU). Enquanto Wassef lidava com a recompra do Rolex, Mauro Cid empreendia esforços para recuperar as demais peças nos EUA.

No último dia 11, a PF iniciou a operação Lucas 12:2, sobre a suposta tentativa de venda ilegal de presentes dados ao governo por delegações estrangeiras. Por lei, os itens devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados ao patrimônio pessoal. Atualmente, o tenente-coronel Mauro Cid está preso após acusação de envolvimento em fraudes em cartões de vacinação.

Ele também prestou depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas. Uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) encontrada no celular do militar previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição.

Fonte: Brasil 247 com informação da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

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