O Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) intimou o Podemos e o União Brasil a
apresentarem informações no processo movido pelo PL do ex-presidente Jair
Bolsonaro e o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusa o ex-juiz e
senador Sergio Moro (União) de abuso do poder econômico nas eleições de 2022.
PL e PT alegam que Moro teria ultrapassado o teto de gastos estipulado por lei
na pré-campanha, quando ainda era pré-candidato à Presidência da República pelo
Podemos. As legendas pedem a cassação de Moro e a realização de uma nova
eleição para o Senado no Paraná.
Partidos acusam Moro de manobra para
extrapolar gastos de campanha
Nas ações que tramitam em conjunto, PL e o PT acusam Moro de ter gasto
R$ 6,7 milhões na campanha para o Senado, quando o limite seria de R$ 4,4
milhões. Para isso, as legendas alegam que ele teria usado a pré-candidatura à
Presidência da República para impulsionar sua candidatura ao Senado pelo União
Brasil, driblando o limite de gastos de campanha para o cargo.
Estimativas apontam que o ex-partido de Moro gastou entre novembro de
2021 e março de 2022 pelo menos R$ 2 milhões com o ex-juiz. Pelas regras do
TSE, os gastos para uma campanha ao Senado são limitados a R$ 4,4 milhões. Já o
PL argumenta que, se os valores da pré-campanha pelo Podemos fossem incluídos,
os valores efetivamente gastos podem ter ultrapassado a marca de R$ 6,5
milhões.
Senador nega irregularidades e critica PT
O ex-juiz, que sempre negou irregularidades, afirmando que suas contas
de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, afirmou que as ações seriam
“especulações fantasiosas” e “mero estratagema do PT para calar, à moda
venezuelana, à oposição democrática”.
O Podemos e o União Brasil terão que apresentar a documentação sobre os
gastos de Moro com a pré-campanha e a campanha, incluindo contratos e notas
fiscais. O prazo para resposta é de dez dias úteis, contados a partir da
notificação. A previsão é de que eles tenham até o próximo dia 5 para
apresentar essas informações. A análise do conteúdo será feita pelo
desembargador Dartagnan Serpa Sá, que assumiu a relatoria do caso após a saída
do desembargador Mário Helton Jorge, cujo mandato no TRE se encerrou em julho.
Fonte: Bem Paraná
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