Sindicância do GSI isenta de punição o major Natale, flagrado servindo água aos golpistas que invadiram o Planalto

 O Gabinete de Segurança Institucional apontou deficiências no processo de comando e controle durante a invasão do Palácio do Planalto

Militar José Eduardo Natale de Paula Pereira, lotado no GSI, serve água para invasores golpistas durante 8 de janeiro (Foto: Reprodução)

A sindicância do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre os atos golpistas concluiu que o major José Eduardo Natale, flagrado dando água para os manifestantes, não será punido. A investigação administrativa interna do GSI durou quatro meses, de 31 de janeiro a 6 de junho. Mas investigadores apontaram deficiências no processo de comando e controle durante a invasão do Palácio do Planalto, segundo informações publicadas nesta sexta-feira (25) no portal G1.

De acordo com o documento, o GSI não recebeu e-mail da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal alertando sobre as manifestações terroristas em Brasília (DF), onde apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes. 

O aplicativo Radar, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não estava funcionando desde o ano passado. O grupo de mensagens chamado Cisp/DF manifestações, da Secretaria de Segurança do DF, que informava os órgãos locais e federais, recriado no dia 7 de janeiro, tinha como único representante do GSI o tenente-coronel da PM, Jáder Silva dos Santos, mas ele estava de folga desde o fim do ano.

O documento sugeriu ao Exército um procedimento acusatório contra o então chefe da Coordenadoria de Avaliação de Risco, coronel Alexandre Santos de Amorim, porque ele deveria ter alertado sobre a gravidade da situação. A investigação administrativa inocentou de responsabilidades o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias. O militar afirmou à sindicância que estava no local para retirar os manifestantes e que a imagem dele no Planalto no dia dos atos foi retirada de contexto.

Fonte: Brasil 247 com portal G1