quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Sem Wassef, Bolsonaro reúne defesa em preparação para depoimento à PF sobre a venda de joias

 Em depoimento simultâneo com outras sete pessoas, Jair Bolsonaro vai explicar sobre as joias e presentes recebidos enquanto ele comandava o país

Joias e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | REUTERS/Joe Skipper)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está se preparando com 48 horas de antecedência para prestar depoimento à Polícia Federal na próxima quinta-feira, dia 31. Durante o depoimento, ele abordará questões relativas às joias e presentes que recebeu enquanto estava no comando do país. Segundo reportagem do blog da jornalista Carla Araújo, do UOL, assessores mais próximos e advogados viajaram para Brasília e passaram o dia na sala do ex-presidente na sede do PL na capital federal. Notavelmente ausente, o advogado da família Bolsonaro em várias investigações, Frederick Wassef, não foi convocado. Ele também está programado para prestar depoimento à PF devido à recompra de um Rolex, que auxiliares do ex-presidente haviam vendido durante uma viagem aos Estados Unidos no início do ano.


Wassef afirmou que utilizou seu próprio dinheiro e que tinha a intenção de devolver o item ao governo. Na época, ele se recusou a revelar detalhes sobre a quem entregou o Rolex, declarando: "Não vou falar, não posso falar. Quem solicitou não foi Jair Bolsonaro, e não foi o coronel Cid". No dia 16, a PF apreendeu quatro celulares pertencentes ao advogado enquanto ele estava em um restaurante no shopping Morumbi, em São Paulo. Essa ausência de Wassef na reunião ocorre após rumores de que ele tentou gravar membros da família Bolsonaro, uma situação que foi negada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que reiterou sua total confiança na lealdade do aliado.

A lista de depoentes agendados para a quinta-feira inclui oito nomes: Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, Frederick Wassef, Fábio Wajngarten, o tenente Osmar Crivellati, o coronel Marcelo Câmara e o general Mauro Lourena Cid (pai do ex-ajudante de Bolsonaro). Chamou a atenção o fato de que o ex-secretário de comunicação Fábio Wajngarten, que também prestará depoimento, está envolvido na preparação de Bolsonaro.

A PF constatou que um relógio, parte de um conjunto de joias sauditas recebidas por Bolsonaro durante uma viagem oficial em 2019, foi vendido nos Estados Unidos e depois recomprado por um valor superior, seguindo a ordem do Tribunal de Contas da União (TCU) para a restituição dos presentes recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, Wassef teria se envolvido no processo de recompra de itens, incluindo relógios, com o objetivo de devolvê-los, após a determinação do TCU relacionada às joias dadas a Bolsonaro. Já o pai de Cid teria ajudado na venda desses itens e disponibilizado sua conta bancária no exterior para receber os valores provenientes dessas transações.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

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