De acordo com os investigadores que estão lidando com a operação da PF desencadeada no momento, é agora uma prioridade analisar detalhadamente os acontecimentos desse encontro
Um encontro que ocorreu no escritório do então Ministro da Justiça, Anderson Torres, na noite de 19 de outubro, está sendo interpretado pela Polícia Federal como a evidência que sustenta que a "Operação Eleições 2022" foi uma decisão do governo de Jair Bolsonaro e não uma ação isolada do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, informa a jornalista Malu Gaspar, do Globo.
De acordo com os investigadores que estão lidando com a operação da PF desencadeada no momento, é agora uma prioridade analisar detalhadamente os acontecimentos desse encontro. Isso tem como objetivo envolver não apenas o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, mas também o ex-presidente Jair Bolsonarona coordenação e planejamento dos bloqueios rodoviários destinados a perturbar a livre circulação de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva na região Nordeste durante o segundo turno das eleições.
A reunião no Ministério da Justiça contou com a presença do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e seu diretor de inteligência, Luis Carlos Reischak, além da diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, e membros da cúpula da Polícia Federal da época.
A apreensão de dispositivos eletrônicos em operações anteriores relacionadas aos bloqueios rodoviários no dia das eleições trouxe à tona mensagens extraídas dos celulares de Marília e do diretor de inteligência da PRF com detalhes sobre a convocação de Torres e o horário da reunião.
Além do próprio Vasques, que já prestou depoimento sobre o caso anteriormente e deve depor à Polícia Federal na quinta-feira, Marília Alencar também será ouvida na sexta-feira para fornecer informações sobre a reunião. Superintendentes da Polícia Rodoviária Federal na região, inclusive, não escondiam de seus subordinados qual era o objetivo da operação. Agora, vários deles estão sob investigação pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo
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